Fundação Rui Cunha acolhe lançamento de livro sobre vida útil dos edifícios

O Centro de Investigação DOCOMOMO Macau lançou um convite para a apresentação do livro “Como Prolongar a Vida Útil dos Edifícios”, que resulta de uma investigação da Docomomo Macau sobre os exemplos mais significativos da arquitectura moderna do século XX.

O evento está agendado para 23 de Abril, pelas 18h30, na Fundação Rui Cunha e vai contar com a participação dos arquitectos Cecilia Chu, Bernard Brennan e Rui Leão, numa conversa moderada por Francisco Ricarte.

De acordo com os organizadores, o serão tem o “objectivo de levar a importância do movimento moderno à atenção do público, das autoridades, dos profissionais e da comunidade educativa preocupada com o ambiente construído, e promover o desenvolvimento de técnicas e métodos de conservação adequados e divulgar este conhecimento entre as profissões”.

Ao longo da conversa vai ainda ser abordada a conservação do património arquitectónico, o que, segundo os organizadores, tem como plano de fundo as grandes ameaças cada vez mais intensas. “Nas últimas décadas, o património arquitectónico do século passado pareceu mais ameaçado do que em qualquer outro período. Isto deve-se principalmente ao facto de muitas destas obras-primas não serem consideradas elementos do património, de as suas funções originais terem mudado substancialmente e de as suas inovações tecnológicas nem sempre terem resistido a tensões a longo prazo”, foi comunicado.

“Uma vez que a utilização funcional pode mudar ao longo do tempo, os edifícios bem concebidos são capazes de se adaptar a novos tipos de utilização e prolongar a sua utilidade quando a sua durabilidade ultrapassa o papel do seu inquilino original”, foi acrescentado.

Vozes de intervenção

Em relação aos oradores, Cecilia Chu é professora associada na Escola de Arquitectura da Universidade Chinesa de Hong Kong, formada em história urbana e com experiência em design e conservação. Bernard Brennan é associado da Wilkinson Eyre e professor assistente adjunto na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Hong Kong (HKU). Como arquitecto profissional, trabalhou numa vasta gama de projectos de reutilização adaptativa em cenários históricos, incluindo recentemente o local do State Theatre em Hong Kong.

Por sua vez, o Rui Leão é um arquitecto cuja prática abrange projectos de arquitectura e de planeamento urbano, principalmente em Macau. Trabalha no ensino da arquitectura e em trabalhos editoriais relacionados com as áreas do património e do urbanismo. É licenciado em arquitectura pela Faculdade de Arquitetura da FAUP Porto, Portugal, em 1993, e tem um doutoramento em Arquitectura e Urbanismo pela RMIT, o Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália.

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