China / ÁsiaChina acusa Austrália de exagerar sobre manobras militares Hoje Macau - 24 Fev 2025 O Governo chinês acusou ontem a Austrália de “exagerar intencionalmente” ao abordar os exercícios militares realizados por Pequim em águas internacionais próximas do país oceânico. Os três navios de guerra chineses envolvidos na operação “efectuaram exercícios em águas internacionais, longe da costa da Austrália”, lê-se numa declaração publicada na rede social chinesa Weibo, pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês Wu Qian. “Durante este período, a China organizou exercícios de fogo real com navios de guerra no mar, tendo emitido repetidos avisos de segurança com antecedência. As acções da China respeitaram plenamente o direito internacional e a prática internacional comum, sem afectar a segurança da navegação aérea”, afirmou. As declarações do Governo australiano, que criticou a falta de transparência do exército chinês relativamente aos exercícios “não correspondem de todo aos factos”, afirmou. “A Austrália, plenamente consciente destes factos, fez acusações infundadas contra a China e exagerou intencionalmente a situação. Estamos profundamente chocados e extremamente insatisfeitos”, afirmou Wu. O porta-voz pediu a Camberra para abordar as relações bilaterais e militares “com uma atitude objectiva e racional, mostrando mais sinceridade e profissionalismo, e tomando medidas concretas para promover o desenvolvimento estável das relações entre os dois países e exércitos”. Dedo apontado A Força de Defesa da Austrália acusou na sexta-feira Pequim de estar a realizar exercícios com fogo real sem aviso prévio no mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia, obrigando ao desvio de ligações aéreas. Um dia depois, a ministra da Defesa da Nova Zelândia, Judith Collins, disse que os chineses tinham realizado uma nova vaga de exercícios com fogo real na área. A Austrália disse à agência EFE, na quinta-feira, que coordenou com os parceiros regionais, incluindo a Nova Zelândia, a resposta a esta acção da China, que normalmente realiza exercícios semelhantes em águas mais próximas de território chinês e que são objecto de disputas com países vizinhos, incluindo as Filipinas. Pequim reivindica quase todo o mar do Sul da China, rico em recursos e um ponto chave para o comércio mundial. Nos últimos anos, aumentou a influência nas ilhas do Pacífico Sul, historicamente associadas à Austrália e à Nova Zelândia, parceiros dos Estados Unidos.