Economia | Crescimento da China é oportunidade para PLP

O secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) defendeu ontem que o crescimento económico chinês vai criar oportunidades para o bloco lusófono.

“A China continua a ser um importante motor de crescimento económico mundial com boas perspectivas de cooperação com os países de língua portuguesa”, defendeu Ji Xianzheng, na recepção de Ano Novo Lunar do Fórum de Macau.

O crescimento económico da China atingiu em 2024 a meta de 5 por cento fixada por Pequim, mas alguns analistas afirmam que a economia está a expandir-se a um ritmo mais lento do que o indicado nas estimativas oficiais.

Num relatório divulgado em 16 de Janeiro, o Banco Mundial previu que a economia mundial deve crescer 2,7 por cento em 2025 e 2026 e disse que a desaceleração nos Estados Unidos e na China está a pesar no crescimento global.

Num discurso, Ji Xianzheng disse que “os esforços de Macau” na abertura ao exterior “trarão certamente novas oportunidades para a China e os países de língua portuguesa perante o aprofundamento da cooperação em vários domínios”. Em Abril do ano passado, o Fórum de Macau realizou a sexta conferência ministerial, durante a qual foi aprovado um novo plano acção até 2027, concentrado em novas áreas de cooperação, como a economia digital e a economia azul.

Apesar do optimismo, Ji Xianzheng sublinhou que “a promoção de uma cooperação abrangente de benefícios mútuos com os países de língua portuguesa está pendente dos esforços conjuntos dos dez países” que fazem parte do Fórum de Macau. A organização tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe (desde 2017) e Guiné Equatorial (desde 2022).

Governo alinhado

O Fórum de Macau foi estabelecido em 2003, o mesmo ano em que Pequim designou a cidade como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

Na mesma cerimónia, o chefe do Executivo da região prometeu “apoiar plenamente” a organização, para aproveitar “as vantagens únicas” da cidade e “potenciar efectivamente Macau como interlocutor entre a China e os países de língua portuguesa”.

Sam Hou Fai garantiu que Macau irá “reforçar a abertura bilateral com os países lusófonos”, assim como “tomar uma postura mais aberta e inclusiva para intensificar os laços internacionais e aumentar a projeção e a atratividade globais”. Sam Hou Fai, que tomou posse em 20 de Dezembro, é o primeiro líder do Governo de Macau que domina a língua portuguesa.

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