China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim saúda acordo de cessar-fogo em Gaza Hoje Macau - 16 Jan 2025 As autoridades chinesas aplaudiram o acordo anunciado esta quarta-feira e pedem a sua aplicação efectiva e permanente A China saudou ontem o acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza, apelando à sua aplicação efectiva, enquanto o Governo israelita ainda não deu luz verde final. “A China saúda o acordo de troca entre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, manifestando a esperança de que este acordo seja aplicado de forma efectiva e que abra caminho a um cessar-fogo completo e permanente”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Após mais de um ano de impasse, as negociações aceleraram-se na véspera da saída da Casa Branca do Presidente Joe Biden, que será substituído por Donald Trump, na segunda-feira. Estas conversações culminaram na quarta-feira com a formalização de um acordo em três fases que prevê uma trégua a partir de domingo, a libertação de 33 reféns israelitas em troca de mil prisioneiros palestinianos e um aumento da ajuda humanitária. “Esperamos sinceramente que as partes envolvidas aproveitem a oportunidade oferecida pelo cessar-fogo em Gaza para promover o abrandamento das tensões na região”, afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa. Pequim “continuará a prestar assistência humanitária a Gaza, enquanto trabalha activamente na reconstrução pós-conflito”, acrescentou Guo. Água mole Desde o início da guerra, a diplomacia chinesa tem apelado repetidamente a um cessar-fogo e à protecção dos civis. A China, que apoia a adesão da Palestina à ONU, procurou também desempenhar um papel de mediação, tendo acolhido, em Julho passado, conversações entre várias facções palestinianas, incluindo o Hamas e a Fatah. A ofensiva israelita na Faixa de Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas, a 7 de Outubro de 2023, que causou a morte de 1.210 pessoas, na sua maioria civis. Desde então, a resposta israelita devastou uma grande parte da Faixa de Gaza, causando a morte a pelo menos 46.707 pessoas, também maioritariamente civis, com uma alta percentagem de mulheres e crianças, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados fiáveis pelas Nações Unidas.