China / ÁsiaWAPCo fica responsável pela segurança das instalações petrolíferas em África Hoje Macau - 15 Jan 2025 O Níger e a empresa chinesa WAPCo assinaram na terça-feira, em Niamey, acordos de “segurança das operações” e das “instalações petrolíferas”, que incluem o gigantesco oleoduto que transporta petróleo bruto para o vizinho Benim. “Os acordos-quadro e de aplicação com a WAPCo (West African Oil Pipeline Company) relativos à segurança das operações e das instalações petrolíferas foram assinados numa cerimónia presidida pelo secretário-geral do Ministério da Defesa do Níger, o brigadeiro-general Sani Kaché, e por um representante da WAPCo”, declarou o ministério em comunicado. O ministério anunciou um compromisso mútuo, sem dar mais pormenores. De acordo com o Ministério do Petróleo do Níger, a China propôs recentemente a utilização de drones para monitorizar o oleoduto de 2.000 quilómetros que transporta petróleo bruto de Agadem, no nordeste do Níger, para o porto beninense de Sèmè-Kpodji. Desde o ano passado, o oleoduto tem sido alvo de uma série de ataques nos dois países que atravessa. A última sabotagem ocorreu sábado, no Níger, perto de Mounstéka, por assaltantes que depois “se retiraram para sul, em direcção à Nigéria”, segundo o mais recente boletim de operações do exército nigerino, que não dá pormenores sobre os danos. Dedo apontado No início de Dezembro, no Benim, três soldados responsáveis pela vigilância do oleoduto foram mortos em Malanville num ataque de “homens armados”. O primeiro ataque contra o gasoduto foi reivindicado em Junho de 2024, na região de Zinder, por um grupo armado que exigia o regresso ao poder de Mohamed Bazoum, o Presidente derrubado em julho de 2023 pelo actual regime militar. Posteriormente, a China National Petroleum Corporation (CNPC), uma empresa petrolífera estatal chinesa da qual a WAPCo é uma filial, suspendeu os seus projectos de construção em Agadem. No comunicado de imprensa do Ministério da Defesa, o Níger afirma também que “concluiu com êxito a venda do seu petróleo bruto” pelo Benim em 2024. As relações entre este país governado por uma junta militar e o Benim têm sido tumultuosas. O Níger mantém a sua fronteira com o Benim fechada e acusou-o várias vezes de servir de base de retaguarda para “terroristas” e de procurar desestabilizar o país. Este petróleo é essencial para as economias dos dois países, que trabalham com a CNPC. A China extrai petróleo do Níger desde 2011.