Registados quatro casos de droga que matou três pessoas em HK

A Polícia Judiciária (PJ) afirmou ter detectou quatro casos ligados a uma nova droga sintética, conhecida como ‘petróleo espacial’, que terá causado três mortes na vizinha região de Hong Kong.
A PJ acrescentou que os quatro processos envolveram cápsulas para cigarros electrónicos adquiridas na China continental ou enviadas para Macau através de correio internacional.

A informação surgiu numa resposta do Instituto de Acção Social (IAS) a questões apresentadas pela deputada Ella Lei, que tinha demonstrado preocupação com o primeiro caso de ‘petróleo espacial’ encontrado numa escola local, em Outubro de 2023.

O narcótico contém etomidato, um anestésico que só pode ser prescrito por profissionais de saúde.
O IAS prometeu “continuar a prestar atenção ao risco de abuso de novos tipos de substâncias”, incluindo o etomidato. O Governo vai “proceder à revisão da lei atempadamente, permitindo que a lista de substâncias sujeitas ao controlo possa estar em linha com as regiões vizinhas e a nível internacional”, acrescentou o IAS.

Novos desafios

No início de Novembro, as autoridades de Hong Kong confirmaram terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com o ‘petróleo espacial’. Até ao final de Setembro, a polícia de Hong Kong tinha detido 98 pessoas em 60 processos. Entre os detidos, 16 eram jovens com menos de 21 anos.
Em todo o ano de 2023, apenas nove pessoas tinha sido detidas em ligação ao ‘petróleo espacial’.

A droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte, de acordo com o Comité de Acção contra as Drogas do Governo de Hong Kong. Segundo a imprensa de Hong Kong, a polícia desmantelou um laboratório que produzia esta droga, apreendendo cerca de 1,5 quilogramas de etomidato, e deteve um homem de 20 anos.

No final de Outubro, o secretário para a Segurança de Hong Kong, Chris Tang Ping-keung, disse que a região estava a trabalhar para incluir o etomidato na lista de produtos perigosos alvo de restrições já no início de 2025.

O etomidato é actualmente classificado como uma substância controlada, pelo que a venda ou posse ilegal pode acarretar uma pena de dois anos de prisão e uma multa de 100 mil dólares de Hong Kong.

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