Economia | Quebra superior a 50% no investimento exterior

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) demonstram que, no ano passado, o investimento directo do exterior na RAEM foi de 13,07 mil milhões de patacas, o que representa uma quebra de 57,2 por cento.

Segundo uma nota da DSEC, estes dados devem-se “à constituição de empresas financeiras de grande envergadura” e ao facto de “as empresas de jogo terem aumentado significativamente o seu capital social para se poderem submeter ao concurso público alusivo ao contrato de concessão para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, no ano de 2022”.

Analisando por ramo de actividade económica, o sector financeiro registou investimentos directos de 7,77 mil milhões de patacas, enquanto o comércio por grosso e retalho recebeu 6,43 mil milhões de patacas. No caso do sector do jogo, o rendimento do investimento directo vindo do exterior, no valor de 20,18 mil milhões de patacas, passou de negativo a positivo, enquanto nas áreas do comércio por grosso e retalho aumentou 41,7 por cento em termos anuais, para um total de 11,14 mil milhões de patacas.

A origem deste capital é das Ilhas Virgens Britânicas, num total de 10,92 mil milhões de patacas; e de Hong Kong, com 6,9 mil milhões de patacas. Destaque para a quebra de dinheiro oriundo das Ilhas Caimão, menos 7,96 mil milhões de patacas de investimento. Tal deve-se ao facto de “algumas grandes empresas terem começado a pagar empréstimos aos sócios com capital social estrangeiro ou às sociedades interligadas fora da RAEM, os quais foram contraídos durante a pandemia”.

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