Canadá | Anunciadas mais taxas sobre importações chinesas

O governo canadiano anunciou na terça-feira que tenciona aplicar mais taxas sobre produtos minerais críticos, baterias, produtos de energia solar e semicondutores chineses, o que pode suscitar novas represálias da parte de Pequim.

No final de Agosto, o Canadá tinha anunciado uma sobretaxa de 100 por cento sobre as importações de veículos eléctricos chineses a partir de Outubro, alegando “concorrência desleal”, o que suscitou um “vivo descontentamento” da parte chinesa.

O Executivo de Otava lançou agora uma nova consulta pública para recolher a opinião da indústria quanto à aplicação de uma sobretaxa àqueles produtos, disse a vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland, durante uma conferência de imprensa.

“A mão-de-obra, o sector automóvel e as cadeias de abastecimento da produção de produtos essenciais enfrentam uma concorrência desleal dos produtores chineses, que beneficiam da política voluntária de sobrecapacidade do Estado”, declarou o ministro da Economia.

Este confronto sino-canadiano ocorre em contexto de tensões comerciais crescentes, com alguns Estados ocidentais a acusarem a China de destruir a concorrência em alguns sectores, como eólicas, painéis solares e baterias.

Pequim já se queixou à Organização Mundial do Comércio por causa dos direitos alfandegários aplicados aos seus veículos eléctricos, considerando que se trata de uma “medida unilateral e proteccionista”.

Otava prevê também aplicar uma sobretaxa sobre as importações de produtos em aço e alumínio provenientes da China. Por seu lado, Pequim anunciou uma investigação antidumping sobre a canola canadiana.

Desde há alguns anos que o Canadá desenvolve esforços consideráveis para atrair os actores do sector do veículo eléctrico, realçando os seus incentivos fiscais, a sua energia limpa e os seus recursos importantes em terras raras.

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