Imobiliário | Moody’s volta a descer nota da Vanke

A agência de ‘rating’ Moody’s desceu a classificação da dívida da Vanke, o segundo maior promotor imobiliário da China, para “B1”, numa nova despromoção, depois de ter sido desclassificada para o estatuto de “lixo”, em Março.

A Moody’s afirmou que a descida da classificação reflecte o agravamento das perspectivas da Vanke nos próximos seis a 12 meses, face à fraqueza das vendas e à pressão sobre as margens, de acordo com um comunicado.

A agência disse acreditar que as vendas do promotor vão cair cerca de 30 por cento em termos homólogos, este ano. Até agora, a previsão era de 25 por cento, mas o valor caiu 35 por cento, nos primeiros sete meses do ano, para cerca de 147 mil milhões de yuan.

A isto junta-se uma nova queda de 20 por cento, até 2025, acrescentou o relatório, ao considerar que o controlo dos investimentos para proteger a liquidez vai implicar uma diminuição das vendas, com os descontos que teria de oferecer como estímulo a afectar também as margens de lucro.

As obrigações da Vanke passam assim de “Ba3” (“têm elementos especulativos e estão sujeitas a um risco de crédito significativo”) para o escalão de “B” (“são especulativas e estão sujeitas a risco de crédito elevado”).

Embora o vice-presidente da Moody’s, Kaven Tsang, assinale “riscos financeiros devido às necessidades substanciais de refinanciamento da Vanke”, reconheceu igualmente a “capacidade demonstrada para obter financiamento garantido a longo prazo junto dos bancos chineses”, o que “alivia parcialmente os riscos”.

A agência considerou que o plano de redução da dívida da Vanke será insuficiente se não for acompanhado de uma venda de activos que seria marcada pela incerteza da crise do mercado imobiliário chinês.

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