MP | Suspeitos de burla com “curandeiro” em prisão preventiva

Os cinco envolvidos numa rede de burlas em que um dos membros se fazia passa por “adivinho” vão aguardar julgamento em prisão preventiva. As medidas de coacção foram divulgadas pelo Ministério Público (MP), no sábado, depois de terem sido decididas por um juiz de instrução criminal.

A vítima começou por ser enganada pelos burlões que afirmavam conhecerem um “médico misterioso adivinho” que curava qualquer doença, e também transformava o azar em sorte, através de “rezas”.

Além da primeira história, a idosa acreditou num outro relato de outro membro da rede, que se fez passar por descendente do “médico milagroso”. O burlão disse à mulher que toda a família dela tinha sido amaldiçoada e que iria sofrer “em breve” uma “desgraça sangrenta”. Para evitar a tragédia, a vítima tinha de entregar os bens da sua casa ao médico adivinho, para serem alvo de uma reza.

Na posse dos bens, os burlões apropriaram-se de mais de 70 mil patacas. No caso de algumas bebidas, as garrafas foram devolvidas à mulher, mas em vez e terem a bebida original, esta tinha sido substituída por água e outras bebidas.

Os arguidos são todos do Interior e estão indiciados pela prática do crime de burla de valor elevado, que prevê uma pena de prisão que pode chegar aos cinco anos de prisão.

Em comunicado, o MP apelou aos cidadãos que “no caso de serem abordados por pessoas desconhecidas sob o pretexto da realização de cerimónia de ‘bênção’” devem “prestar cuidados redobrados, não devendo entregar-lhes os seus bens de forma precipitada”.

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