EventosCentenário da primeira viagem Portugal-Macau celebrado hoje Hoje Macau - 20 Jun 2024 Celebra-se hoje, em Macau e Hong Kong, o centenário da viagem aérea do “PÁTRIA”, nome do avião que transportou os pilotos Brito Pais e Sarmento de Beires de Portugal a Macau em 1924. As actividades comemorativas decorrem com a presença de uma comitiva da comissão organizadora dos eventos do centenário, nomeadamente do Município de Odemira, Universidade do Porto e Força Aérea Portuguesa. A sessão de Macau acontece hoje, a partir das 16h45, no consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, e no Clube Lusitano de Hong Kong a partir das 18h30. Estes eventos estão integrados nas comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, e Mês de Portugal na RAEM. Além da realização de conferências, será apresentado o livro, já lançado em Portugal, “De Portugal a Macau – A Viagem do Pátria”, além de ser inaugurada a mostra itinerante “Portugal Na Aventura de Voar”. O programa de celebração do centenário decorre até Setembro e reúne esforços da Câmara Municipal de Odemira, de onde é natural Brito Pais, a Força Aérea Portuguesa e a Universidade do Porto, a que pertence uma das maiores estudiosas desta viagem, a historiadora Isabel Morujão, co-autora, aliás, do livro apresentado. Aquela que foi a primeira viagem aérea entre Portugal e Macau teve início em Vila Nova de Milfontes a 7 de Abril de 1924, tendo terminado a 20 de Junho. Na viagem participou também o mecânico Manuel Gouveia. Destaque para o facto de esta viagem sempre ter ficado à sombra de outra bem mais reconhecida do grande público, nomeadamente a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, protagonizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Acidente na Índia O “PÁTRIA” era um avião modelo Breguet XVI, antigo bombardeiro nocturno de guerra com capacidade para um máximo de 550 quilos de bombas. Porém, após cerca de dois terços do percurso feito, houve um acidente que levou a uma aterragem de emergência na Índia, tendo sido adquirido outro avião. Sem apoios do Estado português, a viagem realizou-se graças a uma intensa campanha de recolha de fundos que, à data, mobilizou a população portuguesa e foi destaque nos jornais. Segundo uma nota, os aviadores “foram apoteoticamente recebidos pelas comunidades portuguesas de Macau, Hong Kong e Xangai, tendo regressado de barco para Portugal com paragens em várias comunidades portuguesas na América, onde foram festejados”. Chegados a Lisboa, “houve festa durante dias, tendo os três aviadores sido aclamados como heróis”, recebendo a Ordem de Torre Espada de Valor, Lealdade e Mérito pelo Presidente da República.