Portas do Cerco | Avaliados danos de chuva a centro subterrâneo

Os danos provocados pelas chuvadas do fim-de-semana passado que abriram autênticas cataratas no terminal subterrâneo de autocarros das Portas do Cerco estão em avaliação. O Governo prevê “reparações mais abrangentes” ao terminal que já havia sido reparado em 2018, com custos para os cofres públicos superiores a 126 milhões de patacas

 

Desde que foi oficialmente aberto, em Novembro de 2004, o Terminal subterrâneo de autocarros das Portas do Cerco tem sofrido inúmeras intervenções, desde a ampliação, a melhoria de instalações, até às obras de remodelação que se avizinham. No passado fim-de-semana, o terminal conheceu um novo capítulo com as chuvadas que fustigaram Macau no sábado e que levaram a infiltrações a grande dimensão e à queda de grandes massas de água de fendas no tecto do terminal subterrâneo.

Como tal, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) indicou na quarta-feira que “estão em curso acções coordenadas com os departamentos pertinentes, com o objectivo de realizar uma avaliação e reparação mais abrangentes” ao terminal subterrâneo.

Na noite de sábado, a DSAT “mobilizou o empreiteiro responsável para efectuar uma vedação de emergência, tendo procedido à inspecção e reparação dos danos identificados no tecto, após a conclusão do serviço de autocarros na referida noite”.

Segundo a DSAT, as infiltrações foram detectadas “nos pontos de conexão dos sistemas de drenagem instalados nos tectos que cobrem as faixas de circulação nos dois lados e a zona de estacionamento reservado do terminal subterrâneo das Portas do Cerco”.

Para já, não há uma estimativa das autoridades sobre o escopo e custo das reparações à estrutura. No entanto, a DSAT assegura que “continuará a reforçar as inspecções e a manutenção dos terminais e paragens de autocarros, garantindo a segurança do ambiente de espera”.

História que se repete

Depois da devastação provocada pelo tufão Hato, que danificou o terminal de autocarros das Portas do Cerco, o Governo lançou um concurso público para introduzir melhorias na estrutura que terminou com a adjudicação da empreitada à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), com um preço de 122,8 milhões de patacas.

À “factura” foram acrescentados 2,745 milhões de patacas para a Pengest Internacional – Planeamento Engenharia e Gestão para fiscalização da empreitada e mais de um milhão de patacas à Universidade de Macau para controlo de qualidade. No total, as obras de melhorias custaram aos cofres públicos mais de 126,5 milhões de patacas.

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