Hold On To Hope | Fotografias de Francisco Ricarte para ver até dia 28

O arquitecto e fotógrafo Francisco Ricarte protagoniza a nova exposição da galeria Hold On To Hope, da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau. “Unnoticeable Objects +” é o nome da mostra de fotografias que revelam pedaços de Macau e de Coloane que podem escapar ao olhar comum, mas que contam histórias do ambiente em estamos inseridos

 

“Unnoticeable Objects +” [Objectos Imperceptíveis +] é o nome da nova exposição patente, desde sábado e até ao dia 28 deste mês, na galeria H2H [Hold On To Hope], um espaço sociocultural na vila de Ka-Hó, em Coloane, gerido pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM).

O protagonista da mostra é o arquitecto e fotógrafo Francisco Ricarte que, com este projecto, tem a oportunidade de mostrar imagens de pequenos elementos naturais, ou não, que escapam ao olhar mais comum, mas não ao seu.

Segundo uma nota da galeria H2H, esta exposição de fotografia “explora elementos aparentemente simples e sem qualquer tipo de destaque, sejam eles naturais ou feitos pelo homem, encontrados ao longo dos trilhos naturais de Macau em Coloane”. Trata-se da segunda parte de um projecto fotográfico, de menor dimensão, apresentado em 2020, e que teve “visibilidade limitada devido às restrições da pandemia”.

Assim, esta colecção de imagens vem agora destacar, ainda mais, “a perspectiva pessoal sobre estes objectos peculiares e a sua presença no ambiente natural circundante”. “Unnoticeable Objects +” realça também “a presença singular [desses elementos captados pelo fotógrafo] na natureza circundante e no cenário paisagístico”.

Múltiplas percepções

Numa nota enviada ao HM, Francico Ricarte contou que as fotografias patentes em Ka-Hó foram captadas nos primeiros meses de 2020, “um período muito peculiar de restrição de circulação na cidade devido à situação pandémica”, e “aquando da recuperação do acesso aos trilhos de Coloane”.

Ao mesmo tempo que as imagens constituem “um elogio à natureza de Macau e à importância de a valorizar”, Francisco Ricarte considera que salta à vista uma questão quando se visita a exposição.

“Será que estes ‘objectos imperceptíveis’ moldam os trilhos, ou a sua percepção é moldada pela presença da natureza circundante? Será que estas fotografias também realçam o significado destes objectos na formação da nossa visão e percepção das áreas ajardinadas de Macau?”, questionou.

Por coincidência, as imagens de Francisco Ricarte foram tiradas no ano de inauguração da galeria H2H, a 19 de Dezembro de 2020. O objectivo deste espaço, inserido na antiga Leprosaria de Ka-Hó, é assegurar formação e treino vocacional aos utentes da ARTM, com o funcionamento de uma cafeteria e da galeria, além de ser um espaço de partilha e difusão de projectos culturais.

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Ana Maria Araújo Pessanha
Ana Maria Araújo Pessanha
16 Abr 2024 15:35

Não vi a exposição “in loco” mas as intenções e os objetivos da exposição revelam o humanismo do artista
Parabéns e obrigada
Anapessanha