Taiwan | Residentes e estudantes da RAEM estão em segurança

O terramoto que abalou Taiwan na quarta-feira, o maior dos últimos 25 anos, foi sentido por residentes de Macau, que estão a salvo. As duas dezenas que estudantes locais que frequentam universidades de Taiwan também estão em segurança. O sismo causou, pelo menos, 10 mortos e 1.070 feridos

 

Taiwan foi atingida esta quarta-feira pelo maior sismo dos últimos 25 anos. Registando 7,4 na escala de Ritcher, foram contabilizados, até ao fecho desta edição, 10 mortos e 1.070 feridos, mas muitas pessoas continuam desaparecidas nas zonas mais montanhosas da ilha. O sismo foi registado a cerca de 838 quilómetros a leste-nordeste de Macau, e os Serviços Meteorológicos e Geofísicos afirmaram ter recebido o relato de um residente que sentiu o abalo sísmico.

Vários residentes de Macau encontravam-se na ilha e sentiram de perto a tragédia, mas não há registo de mortos ou ferimentos. Tanto a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) como a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) disseram, em comunicado, que contactaram os 20 estudantes de Macau que residem e estudam em Hualien, a zona de Taiwan onde mais se sentiu o sismo, mas que não foi recebido qualquer pedido de assistência. A DST promete “acompanhar de perto a situação e manter-se em contacto com os estudantes de Macau e organizações relacionadas para prestar assistência adequada”.

Relativamente a turistas locais, a DST indicou não ter recebido pedidos de ajuda e sugeriu aos residentes que estão na ilha para “estarem atentos aos últimos comunicados, prestarem atenção à sua segurança e permanecerem em local seguro”.

Relatos de residentes

Apesar do epicentro do sismo ter sido na região de Hualien, o terramoto foi sentido noutras zonas da ilha. Na rede social Facebook, o arquitecto Carlos Couto, residente de Macau, descreveu o abalo como “assustador, talvez o maior [sismo] que senti em toda a minha vida”.

“Não foi muito longo. Estava a caminho do aeroporto, o meu prédio parecia um bambu a vibrar e o viaduto à minha frente saltava. A caminho de Taoyuan houve uma réplica do sismo e sentiu-se dentro do carro. Sei por outros portugueses que há prédios com estragos menores”, descreveu.

O jornalista Paulo Barbosa descreveu à TDM o que sentiu na zona de Taichung. “Por volta das 08h fomos acordados por um enorme abalo. Estávamos no sexto andar do hotel e todo o edifício abanou. Escondemo-nos debaixo de uma mesa. Durou cerca de 30 segundos.”

O último balanço oficial indica que o sismo provocou nove mortos, sendo que, pelo menos, quatro pessoas morreram no Parque Nacional de Taroko, uma atracção turística de Hualien. Segundo as autoridades, 690 pessoas ainda estão isoladas. Mais de 600 encontram-se retidas no hotel Silks Place Taroko. A ilha foi abalada por mais de 300 réplicas desde o primeiro sismo e as autoridades alertaram a população para o perigo de deslizamentos de terra e queda de rochas.

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