Associações acreditam em recuperação plena do turismo

Chegado o fim-de-semana da Páscoa esperam-se números bem-sucedidos do turismo. Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo, prevê a vinda de 65 mil visitantes por dia. Ao HM, Luís Herédia, presidente da Associação de Hotéis de Macau, fala de uma “perspectiva positiva” para os números do turismo nos próximos dias, adiantando que o sector deverá continuar em recuperação pós-pandemia até 2025.

“Estamos ainda numa aprendizagem, mas estamos melhor. O recrutamento [de empregados para o sector do turismo e hotelaria] correu bem, com grande apoio das autoridades. É um processo que já acontecia antes, mas é sempre trabalhoso e exigente.”

“Temos o mercado muito forte da China, sobretudo de Cantão, que exige uma série de aptidões, sobretudo linguísticas, mas temos de estar munidos para a aposta do mercado internacional que Macau está a fazer. Este ano vai ser importante e a recuperação total do sector irá até 2025”, apontou.

Luís Herédia fala ainda de “novos desafios” tendo em conta a emergência “em força de outros mercados”, como Dubai, Singapura ou outras regiões asiáticas.

Diversão precisa-se

Para o académico Glenn Mccartney, especialista em turismo da Universidade de Macau, importa olhar se os números de turistas se traduzem num maior número de noites em Macau e, consequentemente, em mais gastos, para que haja “um impacto económico mais amplo em toda a cidade e não apenas nos pontos turísticos mais populares”.

O responsável diz ainda ser necessário uma maior aposta no entretenimento nocturno. “Discuti recentemente a necessidade de desenvolvimento de uma economia nocturna em Macau, sendo que grande parte da qual depende do entretenimento. Por isso, o desenvolvimento do entretenimento de Macau deve considerar a possibilidade de o fazer evoluir para uma estratégia de vida nocturna”, rematou.

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