Melco reduziu prejuízos em 70,2% em 2023

A operadora de jogo em Macau Melco Resorts and Entertainment anunciou ontem um prejuízo de 277,6 milhões de dólares em 2023, menos 70,2 por cento do que no ano anterior.

Há quatro anos que a empresa regista prejuízos sem precedentes nas quatro propriedades que detém em Macau.

A Melco sublinhou que grande parte do prejuízo se deveu a uma desvalorização de 207,6 milhões de dólares no casino Altira, devido ao fim de acordos com empresas angariadoras de apostas VIP, conhecidas como ‘junkets’.

A detenção em Novembro de 2021 de Alvin Chau Cheok Wa, líder da Suncity, a maior ‘junket’ do mundo, e posterior condenação, em Janeiro de 2023, a 18 anos de prisão, fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.

Ainda assim, o presidente da Melco, Lawrence Ho Yau-lung, disse num comunicado que “Macau continua a demonstrar o seu extraordinário potencial de crescimento e tem demonstrado resiliência, apesar das perspectivas macroeconómicas incertas na China”.

O filho do falecido magnata do jogo Stanley Ho sublinhou que Macau recebeu mais turistas da China continental durante o Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, do que no mesmo período de 2019, antes da pandemia.

 

A triplicar

De acordo com o comunicado enviado à bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque, nos EUA, as receitas da Melco quase triplicaram em comparação com 2022, atingindo 3,78 mil milhões de dólares.

A empresa atribuiu o aumento das receitas “ao relaxamento das restrições relacionadas com a covid-19 em Macau em Janeiro de 2023” e à abertura da segunda fase do empreendimento integrado Studio City.

Com as receitas a subir, a Melco registou lucros operacionais, pela primeira vez desde 2019, neste caso de 65 milhões de dólares, invertendo um prejuízo de 743,1 milhões de dólares em 2022.

Apesar dos prejuízos, as seis operadoras, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, assinaram novos contratos de concessão de dez anos, que entraram em vigor em 01 de Janeiro de 2023. A Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento além-casino numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”.

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