Nuclear | Seul e Washington prometem estratégia conjunta para 2024

A união de esforços entre sul-coreanos e norte-americanos visa criar uma estratégia conjunta até meados de 2024 que demova a Coreia do Norte de promover ameaças nucleares

 

A Coreia do Sul e os Estados Unidos concordaram estabelecer uma estratégia nuclear conjunta até meados do próximo ano para fortalecer a estratégia de dissuasão contra a Coreia do Norte.

“Concordámos em completar as directrizes relativas ao planeamento e operação de uma estratégia nuclear até meados do próximo ano”, disse o vice-conselheiro de segurança nacional sul-coreano, Kim Tae-hyo, numa conferência de imprensa na sexta-feira, depois da segunda reunião do chamado Grupo Consultivo Nuclear (NCG) em Washington.

“Por outras palavras, concordámos em concluir as orientações gerais sobre a forma de dissuadir e responder às ameaças norte-coreanas no próximo ano”, acrescentou.

Kim explicou que estas orientações vão abranger várias questões relacionadas com a partilha de informações, a criação de mecanismos de segurança, a formulação de procedimentos de consulta em caso de crise nuclear, a gestão de crises, a redução de riscos ou o funcionamento de um canal de comunicação entre chefes de Estado e chefes de Estado em tempo real.

“Juntamente com a capacidade de dissuadir firmemente as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, seremos capazes de adoptar uma resposta imediata, esmagadora e decisiva no caso de um ataque nuclear norte-coreano”, afirmou o responsável sul-coreano.

Respostas a Pyogyang

Esta foi a segunda reunião do NCG, criado em Abril pelos dois países para reforçar a chamada dissuasão alargada, o mecanismo através do qual Washington se compromete a proteger Seul de um ataque de Pyongyang.

Esta segunda reunião, em que participaram cerca de 60 funcionários militares e diplomáticos dos dois países, ocorre num momento marcado pelo recente lançamento em órbita do primeiro satélite espião norte-coreano, pela crescente aproximação entre Pyongyang e Moscovo e pela possibilidade de o regime poder lançar, como sugerido por Seul, um míssil balístico intercontinental (ICBM) antes do final do ano.

No comunicado final da reunião, as duas partes reafirmaram que qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os EUA e aliados terá como consequência o “fim do regime de Kim” Jong-un, comprometendo-se também a realizar a terceira reunião do NCG no Verão, na Coreia do Sul.

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