Xi Jinping pede construção de “mais pontes” com EUA

O Presidente chinês apelou ontem para a construção de “mais pontes” com os Estados Unidos, num jantar com empresários norte-americanos em São Francisco, no qual participaram Elon Musk e Tim Cook, entre outros. “Temos de construir mais pontes e pavimentar mais estradas para que os povos dos dois países interajam. Não devemos erguer barreiras (…)”, afirmou o líder chinês, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

Xi considerou que Washington não devia ver a China como o principal concorrente e garantiu que o país está pronto para ser um “parceiro e amigo” dos EUA, com base nos princípios fundamentais do “respeito, coexistência pacífica e cooperação para benefício mútuo”.

“Se uma das partes encarar a outra como o principal concorrente, desafio geopolítico e ameaça, isto só conduzirá a políticas desinformadas, acções mal orientadas e resultados indesejáveis”, afirmou. “A China não vai travar uma guerra fria ou quente com ninguém. Independentemente do nível de desenvolvimento que alcançar, a China nunca vai procurar a hegemonia ou a expansão e nunca vai impor a sua vontade aos outros”, explicou.

O líder chinês mencionou igualmente as principais iniciativas multilaterais de Pequim, incluindo o gigantesco projecto de infra-estruturas internacional Faixa e Rota e as iniciativas de Desenvolvimento Global, Segurança Global e Civilização Global, “sempre abertas a todos os países”.

Anunciou igualmente que o país está disposto a convidar 50 mil jovens norte-americanos a viajar para a China, nos próximos cinco anos, no âmbito de programas de intercâmbio e académicos destinados a reforçar as relações entre os dois povos.

O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que termina hoje em São Francisco, reuniu magnatas e presidentes executivos como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, Tim Cook, da Apple, Jane Fraser, em representação do banco Citigroup, Darren Woods, da petrolífera ExxonMobil, e Satya Nadella, da Microsoft. O preço por cada mesa de oito lugares foi de 40.000 dólares.

Más apostas

O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem os Estados Unidos a “não apostarem contra a China” e “não interferirem nos assuntos internos” do seu país, durante um jantar com empresários norte-americanos em São Francisco. “A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos.

A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi expressou a esperança de que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”.

O líder chinês considerou que é um “erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como uma ameaça, e alinhar num pensamento de “tudo ou nada” contra o seu país. “A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos”, afirmou o Presidente chinês.

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