Mazu e o primeiro título oficial atribuído em 1123

O primeiro título e os seus muitos significados

A história de Mazu 媽祖, a deusa chinesa dos marinheiros, faz parte do passado de Macau e tem sido repetidamente mencionada na comunicação social local e em publicações académicas. Muitas destas obras discutem a ascensão do culto de Mazu e a história de cada um dos templos que lhe são dedicados. De acordo com os textos tradicionais, o seu culto começou no início do período Song, numa pequena ilha chamada Meizhou 湄洲, perto da costa de Fujian. Ao que parece, esta divindade era então simplesmente conhecida como Meizhou xiannü 湄洲仙女, e / ou por outros nomes, e só recebeu o popularizado nome de Mazu muito mais tarde. Hoje em dia as pessoas também se lhe referem como Tianfei 天妃 e/ ou Tianhou 天后 (Tinhau em cantonês), mas no presente artigo, por uma questão de conveniência, chamar-lhe-emos apenas Mazu.

Há uma razão simples para chamar novamente a atenção para esta divindade, na presente edição do Hoje Macau: Em 1123, há cerca de 900 anos, o Governo chinês, pela primeira vez, honrou Mazu com a concessão de um título oficial. Isto significa que, desde então, Mazu ascendeu à esfera das divindades oficialmente reconhecidas. Ter-lhe atribuído um título implicou também que o culto local fosse elevado a um assunto de importância nacional. Por outras palavras, o ano de 1123 marcou o crescimento da crença no poder protector de Mazu.

O título concedido a Mazu foi escrito numa prancha de madeira, posteriormente oferecida a um templo local de Fujian. A inscrição consistia apenas em dois caracteres: shunji 順濟. O significado preciso destes dois caracteres permanece vago porque, por si só, aparecem em diferentes contextos e combinações. Shun indica conceitos como “obediência”, “prosperidade”, “conveniência”, etc. De um modo mais geral, contém componentes semânticos, que transportam a ideia de “concordar com”, ou “estar em conformidade com”. Quanto a ji, em muitos casos trata-se apenas de um verbo: “ajudar”, “salvar”, “aliviar”, etc. Por exemplo, podemos traduzir a frase verbo-objecto ji chuan 濟川 por “atravessar uma corrente” e a ideia subjacente será “resolver uma grande crise”. No Budismo podemos encontrar o termo ji du 濟度, ou “ajudar [alguém] a atravessar [um mar de tristeza] (kuhai 苦海)”; de novo, num sentido lato significa “ajudar [alguém em perigo]”. “Completar um assunto” pode ser grafado em chinês como ji shi 濟事. Além disso, segundo alguns estudiosos, o termo moderno jingji 經濟 (economia) deriva de jing shi ji min 經世濟民, literalmente “gerir / criação de regras / o mundo e ajudar pessoas”. Sequências relacionadas aparecem nos primeiros textos. Assim, no período Sui (581–618) podemos encontrar a seguinte equação: jingji zhi dao 經濟之道 (a forma de gerir e ajudar) = jing guo ji min 經國濟民 (governar o país e apoiar o povo). Tomados no seu conjunto, estes exemplos sugerem que podemos de facto associar muitos significados à combinação shunji. Mas, não há dúvida, que implica “a vontade de ajudar”, tanto em sentido genérico, como quando se aplica a “ajudar quem atravessa os mares”. A segunda opção alude à esfera Budista (através do não nomeado “mar de tristeza”), e claro que também pode ser relacionado com o mundo oficial da política, de forma metafórica: “dispostos a ajudar [o Governo].”

Outros aspectos interessantes dizem respeito à gramática: Shunji pode querer dizer “[A Deusa está] disposta a ajudar [alguém]”, “[Ela tem sempre] vontade de ajudar [os outros]”, ou podemos ver a frase como um apelo: “Possa [a Deusa] ajudar [os que estão em perigo /ao atravessar o mar]!” Em qualquer dos casos, o sujeito gramatical não está claramente manifesto; é por isso que aparece entre parênteses. Além disso, o tempo permanece indefinido.

Uma outra possibilidade seria tratar shun e ji como duas entidades distintas: “obediência” e “auxílio”. Podemos expandir esta interpretação para: “Sê obediente e auxilia [nos]!” ou “[Ela] obedientemente presta (presta/prestará) auxílio”. E, em termos políticos: “Obedientemente apoiou [o Governo]!” Várias destas sugestões submetem implicitamente a divindade em questão à autoridade do Estado, a menos que argumentemos que o elemento “obediente(mente)” se reporta à hierarquia dos deuses e deusas: Por outras palavras, Mazu obedecia às ordens de uma divindade superior e, consequentemente, prestava auxílio.

Concessão de títulos a divindades: motivos e antecedentes

É claramente difícil traduzir muitos dos títulos e nomes que a corte imperial atribuía a divindades e a instituições religiosas, porque as suas dimensões semânticas são bastante “flexíveis”. A combinação shunji é um exemplo típico do que acabámos de dizer. Os leitores também terão reparado noutro aspecto importante ligado às interpretações possíveis de shunji. Falo das expectativas e pontos de vista do Governo. Antigamente, a concessão de um título estava frequentemente condicionada por algumas variáveis. Em primeiro lugar, as autoridades imperiais tinham de se certificar que a divindade em questão tinha auxiliado ou salvo um indivíduo em particular, ou um grupo de pessoas, de forma eficiente. Em segundo lugar, o Governo não estava por aí além interessado em casos de ajuda divina a pessoas comuns, nem na realização dos seus desejos; em vez disso, o que realmente contava, era a ajuda divina no interesse do Estado, quer esta ajuda fosse prestada à administração pública, ou ao exército. A questão-chave era que o “milagre” realizado fosse em benefício do Estado. Em terceiro lugar, quando o Governo concedia um título a uma divindade, não só demonstrava a sua gratidão pela ajuda recebida, como implicitamente expressava a esperança ou expectativa de que a mesma divindade continuasse a auxiliar o Estado no futuro. Em termos metafóricos, tinha sido celebrado uma espécie de “acordo” entre a esfera secular e a esfera divina: A divindade realizaria futuros milagres e o Governo premiá-la-ia simbolicamente.

Presumivelmente um tal acordo só era possível porque as pessoas acreditavam em diversas divindades protectoras e noutras criaturas com poderes sobrenaturais. Segundo a opinião generalizada, muitos destes espíritos tinham deveres especiais. Embora o panteão divino estivesse organizado hierarquicamente, com algumas divindades muito influentes e outras pouco influentes, certos segmentos desta hierarquia não permaneciam estáticos; de facto, não raras vezes diversos espíritos lutavam entre si para subir de estatuto. Nessa altura, era claramente oportuno que um espírito desenvolvesse uma “liaison” estável na esfera humana. Um tal acordo iria fortalecer a posição dessa divindade em relação às outras. Por isso, a concessão de títulos também era benéfica para a esfera humana, ou para o Estado enquanto tal. Como tal, a concessão de títulos e de outras honras implicava uma situação em que todos saíam a ganhar.

Em vários casos, podemos ligar um aspecto adicional e muito mundano ao acto de homenagear um espírito ou uma divindade “ascendente”. Não raras vezes, um culto religioso – quer fosse budista ou pertencesse ao reino do Taoismo, ou ainda operasse como uma entidade separada – tornava-se importante dentro de um contexto regional. Dito de outra forma, contribuía para a formação das identidades locais. O Governo Central tinha de estar atento a estes processos, mais genericamente, às actividades desenvolvidas na distante periferia do império. Claramente, as sociedades secretas, em associação com templos e santuários, eram encaradas como um perigo quando deixavam de respeitar o controlo do Estado. Ao conceder títulos, oferendas e fundos a estas instituições, a corte tentava aumentar a lealdade dos cidadãos das zonas distantes. Em alguns casos, ao que parece, a população local beneficiou, de facto, das iniciativas do Governo e respondeu positivamente aos seus esforços; noutros casos, as medidas simbólicas não foram suficientes para garantir a lealdade dos povos que viviam em locais remotos e isolados.

Um enviado à Coreia em 1123

Então, agora, podemos interrogarmo-nos sobre os possíveis antecedentes da concessão do “rótulo” shunji a Mazu no ano de 1123. Para começar, os anos 20 do séc. XII foram marcados por instabilidade política na maior parte do Leste asiático. Os Song 宋 comandavam o centro e o Sul da China, mas não o Norte, partes do qual estavam sob o domínio do Estado Liao 遼. Além disso, as regiões mais a norte, para lá da fronteira do Estado Liao, eram dominadas por outra potência – o Estado Jin 金. Durante algum tempo, Song aliou-se a Jin contra Liao, esperando vir a enfraquecer este último. No entanto, a corte Song não percebeu que Jin era extremamente ambicioso e que não só queria eliminar Liao, como acabaria por enviar tropas contra si própria. Nessa altura, Koryǒ 高麗 na península coreana, era outro grande “actor” do Nordeste asiático. Aparentemente, tentou avisar Song dos planos expansionistas de Jin.

Os contactos entre Song e Koryǒ tiveram de ser feitos por via marítima porque estes estados não tinham fronteiras comuns; o Estado Liao, à semelhança de um peixe-balão, separava os dois. Por vezes, esta separação dificultava os intercâmbios oficiais. Seja como for, em 1122 o imperador Song deu ordens para enviar uma missão diplomática a Koryǒ, mas foi só no Verão de 1123 que a delegação deixou Ningbo 寧波. Era constituída por oito navios dos quais sete acabaram por se perder devido a temporais e a outros infortúnios.

Embora a interpretação da macro-situação no Nordeste asiático durante estes anos não coloque problemas, o verdadeiro objectivo da missão que começou em 1123 permanece insondável. No entanto, existe um extenso relato deste episódio, repleto de detalhes, relacionado com a rota marítima e com diversos acontecimentos. Esse livro escrito, por Xu Jing 徐兢, tem por título Xuanhe fengshi Gaoli tujing 宣和奉使高麗圖經 (Um Relato Ilustrado de uma Missão Diplomática à Coreia no Período Xuanhe). Entre outras coisas, conta-nos que Lu Yundi 路允迪 era o chefe da diplomacia chinesa. Outras fontes também se referem a esta viagem, mas geralmente de forma breve. Mesmo assim, podemos dizer que os navios e as tripulações usados na missão eram originários de diferentes localidades costeiras. Assim, parece que Xu Jing viajou num navio cuja tripulação era proveniente de Fuzhou 福州, ou de uma zona vizinha. Em contrapartida, Lu Yundi embarcou num navio cuja tripulação vinha provavelmente, na sua maioria, de Putian 莆田. Putian, podemos acrescentar, é o distrito ao qual pertence a pequena ilha de Meizhou, onde começou o culto de Mazu.

Segundo Xu Jing, quando o navio em que viajava, começou a ter problemas, a tripulação pediu auxílio ao Espírito da Ilha de Yan (Yanyushen) 演嶼. Evidentemente, esta divindade estava associada ao Condado de Lianjiang 連江縣 perto de Fuzhou. A história da embarcação de Lu é diferente. Alguns estudiosos acreditam que era capitaneada por um homem de Putian. Daí, em situações de aflição, a tripulação rezaria certamente a uma divindade diferente – nomeadamente a Mazu.

Tanto Lu como Xu sobreviveram à viagem, firmemente convencidos que os espíritos dos mares os tinham protegido. Na verdade, algumas fontes relatam que durante as tempestades, uma divindade feminina aparecia no cimo do navio de Lu e o mar acalmava. Mais genericamente, em obras chinesas posteriores, quando eventos semelhantes eram descritos, fazia-se frequentemente referência a uma luz vermelha sobre o mastro e algumas ilustrações chegam a mostrar uma deusa vestida dessa cor. Outras fontes contam que esta divindade segurava uma lanterna vermelha. Na maior parte dos casos estes relatos apontavam para a presença de Mazu. Sem dúvida, estas narrativas lembram ao leitor os chamados fogos de Santelmo, um fenómeno natural caracterizado por uma súbita descarga de luz no mastro do navio, ou num objecto semelhante, especialmente quando estava mau tempo.

Quando os sobreviventes, e especialmente Lu Yundi, voltaram à China, informaram certamente a corte dos detalhes da viagem. Claro que terão mencionado a ajuda divina que os salvou. Presumivelmente a corte debateu o assunto e acabou por decidir que fosse concedida a prancha de madeira acima mencionada ao Templo de Shengdun 聖墩廟 em Ninghaizhen 寧海鎮, perto de Putian. Como foi dito, a prancha tinha inscritos dois caracteres shunji – i.e., o título concedido a Mazu.

Putian fica na parte continental de Fujian, a alguma distância de Meizhou. Isto conduz-nos a uma questão interessante: Porque é que o Governo enviou a prancha com o primeiro título oficial de Mazu a uma localidade situada no continente e não ao Templo de Mazu em Meizhou, geralmente tido como o primeiro templo dedicado a esta divindade? E porque é que tudo isto aconteceu em 1123, numa altura em que se tornava evidente que Jin iria eliminar Liao num futuro próximo?

Os possíveis motivos para homenagear Mazu em 1123

Aqui vamos entrar no vasto território da especulação. Putian fica a cerca de meio caminho entre Quanzhou 泉州 e Fuzhou. No início do Período Song, destacou-se como localidade importante para o Exército, mas não podemos avaliar realmente a sua importância relativa dentro da complexa estrutura da cintura costeira de Fujian. Também, no início do séc. XII, a crença em Mazu ainda não se tinha espalhado por toda a zona costeira desta Província; essencialmente o culto a Mazu ainda estava limitado a Meizhou e a Putian.

Meizhou estava confortavelmente localizada perto da tradicional rota marítima que liga Zhejiang via Fujian a Guangdong, mas a ilha tinha pouca população e não tinha verdadeiras perspectivas de se vir a tornar um centro mercantil. Rodeada de férteis terras agrícolas, Putian estava provavelmente mais bem situada do que Meizhou para este fim. Tinha mais habitantes e uma maior actividade económica. Não é impossível que o Governo tivesse considerado esses factores como argumentos para conceder a prancha shunji ao Templo de Shengdun, e não ao da Ilha de Meizhou.

Para além de tentar compreender o contexto regional, temos também certamente de considerar a cooperação da China com o Estado de Jin durante o período que decorreu entre 1120 e 1123. Ambas as partes concordaram com algumas alterações territoriais, mas Jin não cumpriu as suas promessas. Houve provocações mútuas, e parece que a corte de Song começou a ter dúvidas sobre os planos a longo prazo de Jin. Então, talvez, ao enfatizar simbolicamente a importância da cintura costeira da China, os funcionários de Song quisessem garantir a lealdade dessas regiões na eventualidade de um conflito militar com Jin.

Este argumento pode ainda ser associado a outro aspecto: Quando Lu Yundi voltou da Coreia, o Governo não só concedeu um título a Mazu, como também homenageou outras divindades fujiansenses, nas quais se incluía Yanyushen. Parece, portanto, que as autoridades centrais desejaram expressar o seu interesse no bem-estar de diversas regiões de Fujian. Se aceitarmos este ponto de vista, o que através foi dito, nomeadamente o desejo da corte imperial de fortalecer Putian, pode tornar-se insustentável.

Mas voltemos brevemente ao embaixador-chefe. Lu Yundi que transmitiu à corte imperial o que tinha aprendido em Koryǒ. Provavelmente terá mencionado os avisos de Koryǒ sobre o comportamento agressivo de Jin. Isto leva-nos a outra questão: Ao proteger o navio de Lu, Mazu assegurou que estes avisos chegavam às autoridades da capital da China. Além disso, alguns funcionários Song bem informados sabiam certamente muito bem o que se passava na fronteira a norte. Assim, é muito provável que Lu Yundi tenha confirmado a opinião destes homens de vistas largas. Se esta assumpção estiver correcta, então a corte imperial tinha boas razões para recompensar Mazu pela sua extraordinária ajuda.

É certo que o acima exposto é altamente especulativo. As fontes escritas não nos contam os detalhes relevantes. Portanto, podemos pensar em muitas outras explicações. Por exemplo, o Governo Song tentou banir repetidas vezes as actividades ilegais dos chamados wu 巫, ou shamans. Os primeiros textos dizem-nos que Mazu, antes de ascender aos Céus, era uma mulher solteira, que praticava uma tal de “feitiçaria”. É possível que as pessoas provenientes de Meizhou e / ou Putian falassem favoravelmente de Mazu nos seus círculos, dentro da capital imperial, com o propósito de melhorar a sua reputação. Se assim foi, isso terá provavelmente motivado o Governo para melhorar a posição de Mazu. Daí, talvez possamos argumentar que a concessão de um título oficial a esta deusa, tenha sido o resultado de um longo debate interno e de um processo de avaliação, e não uma medida que tenha sido tomada abruptamente devido às mudanças políticas no Norte.

Seja como for, conceder o título shunji a Mazu foi um acontecimento importante. A partir daí, Mazu tornou-se uma divindade muito popular. O seu culto espalhou-se ao longo da costa da China, para Norte e para Sul.

Um pouco mais cedo ainda, nos finais dos anos 20 e durante os anos 30 do séc. XII, Jin lesou o Estado de Song de várias maneiras e ainda o forçou a mudar a capital para diferentes locais. Quando, finalmente, a corte Song se estabeleceu em Hangzhou 杭州, perto da costa, a zona costeira do Império tornou-se mais importante do que aquilo que já era. A partir dessa altura, Mazu recebeu mais títulos, devido ao seu contínuo apoio ao Estado. Alguns textos chegam a afirmar que ela ajudou as tropas Song nas suas acções militares contra Jin.

Em suma, o ano de 1123 tem um forte valor simbólico. Com efeito, podemos sentir-nos tentados a argumentar que a concessão de títulos às divindades nesse ano prefigurou, ou acompanhou, a maior mudança da constelação geral do Leste asiático. Pelo menos, e sem dúvida, esta medida altamente simbólica promoveu certamente a ascensão de um novo e poderosos culto. Além disso, esta ascensão andou de mãos dadas com a expansão das redes comerciais de Fujian, especialmente nos tempos das dinastias Ming e Qing. Hoje, Mazu está “activa” ao longo de ambos os lados do Estreito de Taiwan; actualmente é a divindade mais importante de Taiwan. Finalmente, a sua influência também se torna visível através do facto de os seus crentes tentarem comparar os seus feitos aos de Guanyin 觀音. Claro que ninguém sabe dizer se essa tendência poderá conduzir a uma “fusão” dos dois cultos, ou a um gradual “destronamento” de Guanyin por Mazu.

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