China / Ásia‘Startups’ portuguesas em contacto com investidores da Grande Baía Hoje Macau - 2 Dez 2022 DR Seis ‘startups’ portuguesas apresentaram esta quarta-feira os negócios a fundos de capital de risco na China, numa sessão ‘online’ promovida para “abrir portas” ao investimento na região chinesa da Grande Baía. “Estamos à procura de investimento e conhecimento, especialmente no mercado chinês, onde não temos contactos. Estamos à procura de alguém para estabelecer essa ponte”, disse durante a sessão “928 Invest Connect” Gabriela Gonçalves, representante da ProBio Vaccine, empresa portuguesa que desenvolve vacinas orais para peixes em aquacultura. Renee Pan, do fundo de investimento Gobi China, foi uma das intervenientes a abordar a empresa portuguesa, questionando se a estratégia de entrada no gigante asiático pode passar “por alianças com empresas locais”. Gabriela Gonçalves respondeu afirmativamente e realçou que os parceiros chineses podem dar apoio com informação e “estabelecer plataformas para incorporar a vacina na alimentação dos peixes, fornecendo-a aos agricultores locais”. Entre as empresas presentes na sessão, esteve também a Inclita Seaweed Solutions (ISS), negócio de biotecnologia marinha que desenvolve ingredientes funcionais à base de extractos de algas. Desafios no mercado A ProBio Vaccine e a ISS são duas das seis finalistas do “928 Challenge”, uma competição para ‘startups’ entre os países de língua portuguesa e a China, explicou à Lusa Marco Rizzolio, cofundador da 928. “Pegámos nas melhores [‘startups’] portuguesas que estiveram nas finais e criámos este pós-evento”, notou Rizzolio, observando que a ideia é “abrir portas” aos candidatos para o mercado chinês. “Para quem está no mundo das ‘startups’ sabe que captar investimento é muito complicado, o processo é difícil, é um mundo muito fechado”, realçou. Marco Rizzolio espera ainda que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), um dos coorganizadores desta bolsa de contactos, possa fazer a apresentação das empresas a investidores da China, “o segundo maior mercado do mundo de fundos de capital de risco”. Mário Ferreira, diretor da AICEP em Guangzhou, capital da província de Cantão, assumiu-se como “uma espécie de engenheiro que quer construir novas pontes entre Portugal e a China” e expressou disponibilidade para apoiar as empresas de Portugal no diálogo. De acordo com a organização este foi o “primeiro contacto entre equipas [de ‘startups’] portuguesas e investidores da área da Grande Baía”.