Saúde mental | Secretária aponta comunicação familiar como solução

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, referiu que a solução para a resolução dos problemas de saúde mental no território é a comunicação entre a família, não tendo dado uma resposta concreta quanto ao pedido de aumento do número de psicólogos e psiquiatras.

“Claro que com a pandemia toda a gente tem sofrido uma grande pressão, quer psicológica, quer económica. Estas pressões podem passar para os filhos. É relativamente fácil realizar este trabalho [de prevenção] nas escolas, porque os docentes cooperam. Mas a nível comunitário precisamos de cuidados prestados pelos pais e famílias. Estas devem prestar mais atenção aos familiares que sofrem de depressão, e sempre que acharem que estes devem ir ao médico devem falar com as pessoas”, frisou.

A governante garantiu que a cooperação com as associações é fundamental. “O Instituto de Acção Social tem financiado associações e criado grupos de trabalhos. O trabalho nas escolas é, de facto, mais fácil, mas na sociedade teremos de ter o apoio das associações. Queremos que possam ser dadas mais sugestões para melhorar os trabalhos.”

A deputada Ella Lei foi uma das intervenientes a abordar este problema, numa altura em que a taxa de suicídios tem aumentado significativamente. “Quando olhamos para os dados percebemos que os cidadãos têm tido muitos problemas do foro mental. O Governo prometeu aumentar o número de psiquiatras, e podemos formar mais quadros qualificados na área da saúde mental. Isso deve merecer mais atenção da parte do Governo”, disse.

Também Lam U Tou lembrou que só este ano houve 44 tentativas de suicídio de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. “O que podemos fazer para que este número diminua? É uma situação alarmante. Sei que têm parâmetros sobre a saúde mental, mas o aconselhamento psicológico não é suficiente”, acusou.

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