Prejuízos de companhia aérea chinesa Air China aumentam face à pandemia

Os prejuízos da companhia aérea de bandeira da China, a Air China, aumentaram 15,5%, em termos homólogos, em 2021, fixando-se no equivalente a 2.346 milhões de euros, devido às restrições de viagens causadas pela pandemia.

Na declaração de resultados, enviada hoje à Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa assegurou que a sua situação não é única, já que a pandemia fez com que as “companhias aéreas de todo o mundo estejam a sofrer dificuldades operacionais”.

No entanto, em 2019, o último ano antes da pandemia, o lucro líquido da empresa já tinha caído 12,7%, em termos homólogos, devido à crescente concorrência que enfrenta nas suas rotas com a Europa e a América do Norte.

Em 2021, o volume de negócios total do grupo subiu 7,2%, para 74.532 milhões de yuans, embora se deva recordar que, no ano anterior, caiu 49%. A Air China transportou mais de 69 milhões de passageiros no ano passado, 0,5% a mais face a 2020, mas ainda quase 40% a menos do que no último exercício antes da pandemia.

O decréscimo significativo advém principalmente das rotas internacionais. Em 2021, a AirChina transportou apenas cerca de 301.000 passageiros a partir de e para a China. Isto representa uma redução de 86,6%, em termos homólogos, e de 98,2%, se comparado com os dados de 2019.

Os viajantes no continente chinês representaram 98,5% do total e, ao contrário dos viajantes internacionais, aumentaram 3,3%, em termos homólogos, em 2021.

A China mantém as suas fronteiras praticamente fechadas há dois anos, período em que limitou o tráfego aéreo internacional a aproximadamente 2% do que era antes da pandemia, o que resultou num aumento significativo nos preços dos bilhetes, que agora podem custar até onze vezes mais.

Mas o segmento de transporte de carga da Air China foi reforçado. Em 2021, a faturação aumentou 29,9%, em termos homólogos, para 11.113 milhões de yuans. Face a 2019, o aumento foi de quase 94%.

As despesas operacionais da companhia aérea cresceram 12,3%, para 95.465 milhões de yuans, principalmente devido à subida dos custos de combustível.

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