Xiaomi com lucros de mais de 19 milhões de yuan, menos 5 por cento face a 2020

A empresa tecnológica chinesa Xiaomi registou um lucro líquido de 19.339 milhões de yuan em 2021, menos 5% do que no ano anterior, foi ontem anunciado. Num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, a empresa observa que, excluindo fatores como a redução tanto de pré-pagamentos como de outros créditos e inventários, o lucro líquido teria aumentado em 69,5%.

“Em 2021, apesar da escassez global de componentes chave (tais como semicondutores) e do impacto continuado da pandemia da covid-19, mantivemo-nos concentrados na execução das nossas estratégias comerciais”, disse a empresa.

O volume de negócios aumentou 33,5% para 328.309 milhões de yuan. A empresa continua a obter a maior parte das suas receitas do seu negócio de ‘smartphones’, que avançou 37,24% para 208.869 milhões de yuan. De facto, o volume de negócios obtido neste segmento aumentou o seu peso no total da empresa, passando de 61,9% para 63,6%.

De acordo com dados da empresa de consultoria Canalys, a empresa de tecnologia registou um crescimento anual de 28% nas vendas em 2021, que atingiram 191,2 milhões de unidades em todo o mundo, dando-lhe o terceiro lugar – atrás da Samsung e da Apple – com uma quota de mercado de 14%.

As receitas dos “produtos estilo de vida e Internet of Things (IoT)” da Xiaomi aumentaram 26,1%, enquanto as dos serviços de Internet cresceram ligeiramente menos, com 18,8%.

Em 2021, as receitas da Xiaomi nos mercados estrangeiros aumentaram 33,7% para quase metade do total, 49,8%, o mesmo valor que no ano anterior.

A empresa salienta que a maioria dos seus negócios no estrangeiro provém dos mercados indiano e europeu, embora também tenha destacado o crescimento significativo de 94% das suas vendas na América Latina, onde é o terceiro maior vendedor de smartphones.

A Xiaomi também indicou no comunicado que, apesar de ter aumentado o seu volume de negócios em 21,4% no último trimestre, o lucro caiu 72,2% para 2.442,5 milhões de yuan.

Alguns dos planos futuros, como a entrada no mercado de veículos elétricos, estão a progredir “mais rapidamente do que o previsto”, embora a empresa ainda mantenha uma data prevista para o início da produção em massa no início de 2024.

A Xiaomi anunciou a iniciativa de competir no setor em março, com um investimento inicial de cerca de 10.000 milhões de yuan, e em novembro assinou um acordo com as autoridades da cidade de Pequim para construir uma fábrica para produzir até 300.000 automóveis elétricos por ano. A empresa confirmou ontem que não pagará dividendos do exercício financeiro de 2021.

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