Shenzhen | A presença do grupo Soulfato na cidade das startups

É na cidade de Shenzhen que o grupo Soulfato escolheu posicionar-se para dar uma resposta a empresas e investidores portugueses e chineses, na área do imobiliário, mas não só. Nuno Batista, que tem uma experiência de 15 anos na China, assegura que a Grande Baía é, neste momento, um projecto que pode educar empresários portugueses em prol de um acesso mais eficiente ao mercado chinês

 

Saíram da capital chinesa, Pequim, para uma das cidades mais promissoras do sul da China e uma das integrantes do projecto Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O grupo Soulfato, liderado por Nuno Batista, e com uma larga experiência na área da consultoria de investimentos e imobiliário, tem escritórios em Shenzhen, Macau e Portugal, e é um dos exemplos das oportunidades que a Grande Baía pode trazer.

“Queremos promover e estimular investimento chinês em Portugal e queremos trazer as empresas e pessoas a expandirem-se no mercado chinês. Uma das razões pelas quais mudámos de Pequim para Shenzhen foi porque esta cidade é a grande cidade de startups da China onde existem muitas políticas locais e onde o Governo promove muito a incubação de projectos.”

Neste sentido, o empresário considera que “fazia sentido” deixar Pequim e apostar no trabalho “com a comunidade de startups”. Em Shenzhen o grupo Soulfato opera um centro de negócios e um espaço de co-working. “Fazemos serviços de contabilidade, aconselhamento legal, incorporação de empresas e todo o planeamento estratégico de um projecto para o mercado asiático”, adiantou.

Nuno Batista não tem dúvidas de que a Grande Baía é “um projecto de extrema importância” e uma zona do país onde, neste momento, “tem mais recursos económicos e oportunidades”. Além disso, a Grande Baía ajudou também à criação de plataformas comerciais e de contactos empresariais, como é o caso da constituição de associações ou câmaras de comércio entre Portugal e a China.

Uma questão de uniformização

Nuno Batista defende que, neste momento, a Grande Baía e as autoridades das nove cidades que a compõem aceleraram o processo de desburocratização para quem faz negócios. “Já existem bastantes processos que estão mais uniformizados e abertos dentro das cidades da Grande Baía, como os códigos das empresas ou os sistemas aduaneiros para a importação e exportação. A China tem feito essa dinamização de forma bastante rápida e cada vez mais vai ser assim.”

Questionado sobre a capacidade económica de empresas portuguesas de investir nesta zona, Nuno Batista acredita que esse ponto não é o mais importante, mas sim “perceber como se pode entrar no mercado chinês de forma eficiente”.

“A Grande Baía pode educar as empresas e empresários sobre como podem implementar um projecto na China, porque é completamente diferente do ponto de vista das marcas e de comunicação, do contacto com o cliente. É um mercado grande, de nove cidades”, concluiu.

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