China / ÁsiaCovid-19 | Hospitais de Banguecoque lotados devido a forte surto da doença Hoje Macau - 28 Jul 2021 A pressão sobre os hospitais de Banguecoque encontra-se num momento crítico com uma ocupação de 100% de doentes com covid-19 verificando-se um aumento preocupante do número de contágios, anunciaram as autoridades. De acordo com os dados dos Serviços Médicos, publicados no sábado, encontram-se ocupadas todas as 36.977 camas para doentes com covid-19 nos centros públicos e privados, hospitais de campanha e equipamentos hoteleiros adaptados da capital tailandesa. O hospital público de Rachapiphat instalou dezenas de camas para doentes afetados pelo SARS-CoV-2 no parque de estacionamento do edifício. A escassez de camas coincide com o número de pedidos de ajuda de familiares de pessoas infetadas e que têm de aguardar em casa disponibilidade nos hospitais. Apisamai Srirangsan, porta-voz da agência para a gestão da pandemia, disse que cinco pessoas foram encontradas sem vida nas casas onde viviam depois de terem pedido ajuda médica. As autoridades da capital começaram também a transportar as pessoas que testaram positivo para as cidades de origem. Um comboio com mais de uma centena de pacientes acompanhados de equipas médicas e material hospitalar deixou hoje Banguecoque em direção ao noroeste do país. O comboio vai deixar doentes infetados com SARS CoV-2 em sete províncias onde devem ser assistidos pelos hospitais locais. O vice-primeiro-ministro Anutin Charnvirakul disse hoje que autocarros, carrinhas e aviões podem vir a ser requisitados para o transporte de doentes para as províncias de origem. Inicialmente a Tailândia conseguiu conter as vagas da pandemia mas nos últimos meses os surtos aumentaram. O governo do primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha enfrenta neste momento fortes críticas por causa da gestão do surto da variante delta da doença. Entretanto, o governador de Banguecoque, Aswin Kwanmuang disse que as autoridades locais vão coordenar com a companhia estatal de caminhos-de-ferro a instalação de um centro de campanha perto da estação de Bang Sue onde os doentes devem aguardar o transporte. Alguns templos budistas anunciaram que vão proceder a cremações de forma gratuita, em todo o país, devido ao aumento do número de mortes. Na segunda-feira, o ministro da Indústria Suriya Jungrungreangkit, disse que o país dispõe de oxigénio sanitário para enfrentar “a pior vaga de contágios e de óbitos” desde o início da crise. A Tailândia – o primeiro país a detetar o novo coronavírus fora da República Popular da China, em janeiro de 2020 – registava hoje 14.150 novos casos e mais 118 mortes. No total morreram 4.264 de covid-19 e registam-se 526.828 contágios desde o princípio da crise sanitária. A capital da Tailândia e outras 12 províncias encontram-se sob confinamento parcial com recolher obrigatório noturno, encerramento de restaurantes e locais de lazer. Os encontros e reuniões estão limitados a um máximo de cinco pessoas. A campanha de vacinação, que começou em fevereiro, avança com atrasos estando neste momento apenas 5% da população inoculada com o composto completo.