Música | Free Yoga Mats aguardam melhores tempos para voltar aos palcos lá fora

Os Free Yoga Mats [Tapetes de Yoga Gratuitos] só têm este nome por brincadeira, e a música que fazem, muito ligada ao género rock, punk ou grunge, pretende igualmente transmitir boas vibrações a quem os ouve. Depois de alguns concertos e de uma demo gravada, a banda ensaia agora com um novo baixista e espera pelo fim da pandemia para voltar à estrada

 

Tudo começou quando um grupo de amigos se juntou num festival de música na Tailândia, mas a ideia de formar uma banda em Macau já há muito andava na cabeça de Pedro Domingues. O guitarrista dos Free Yoga Mats queria construir algo e, numa conversa com o vocalista, Hafiz Said, foi feita uma proposta.

“Aí dissemos que se ele voltasse para Macau que iríamos fazer uma banda. Voltamos e daí a uns meses ele arranjou trabalho cá. Depois começamos a trabalhar com o Marcio [Rios, baterista] e com o Bastiani [Bani, baixista]”, contou ao HM Pedro Domingues, guitarrista do grupo.

Já o nome foi ideia de Adam Cook, também ele guitarrista. “Tudo começou com uma piada do Adam, que disse ‘se pusermos free yoga mats [tapetes de yoga grátis]’, de certeza que vem gente, e vêm muitas raparigas [risos]. E as nossas mulheres fazem yoga, uma delas até é instrutora. Foi uma piada e gostamos porque é um nome que não é para levar muito a sério.”

O projecto dos Free Yoga Mats é recente e, para já, o grupo tem apenas uma demo tape gravada para reunir todas as canções que foram compondo e tocando nos últimos tempos. Mas essa demo tape servirá também para promover o projecto online numa altura em que os palcos estão fechados devido à pandemia da covid-19.

O último concerto da banda foi no espaço Live Music Association e, para trás, teve de ficar o plano de tocar fora de Macau. “Em Macau estamos optimistas porque temos seguidores e sítios onde tocar, mas já tocámos em todos. Mas facilmente podemos organizar um concerto. Mas a realidade é que este ano e até meados do próximo ano a situação vai estar comprometida, e não há garantias de que possamos andar a viajar.”

“O nosso plano para este ano, sem a covid, era tocar em Hong Kong, Singapura, Taiwan, em várias cidades da China. Olhamos para a realidade como ela é e esperamos que isto melhore, e aí estaremos prontos para ir para fora”, adiantou Pedro Domingues.

Músicas de intervenção

Os dias têm sido passados a ensaiar com o novo baixista que substituiu Bastiani Bani, que teve de voltar a Singapura, a sua terra natal, pelo facto de ter ficado numa situação de lay-off. No entanto, o projecto musical não está parado. A demo tape é, para já, uma ferramenta de promoção, mas já antes o grupo tinha gravado o EP “Made in Macau”, com músicas como “Tokyo”, “Go Robot” ou “War and Order”.

“O nosso espírito como banda e em palco é, sem dúvida, positivo e construtivo, de amizade. Mas as nossas letras são mais de intervenção, contra a sociedade e as coisas que não estão bem”, adiantou Pedro Domingues. Cabe a Hafiz Said a composição de todas as letras.

Para já, “não existe nada de concreto sobre a possibilidade de gravarmos um novo álbum”, frisou o guitarrista.
Questionado sobre as referências musicais da banda, Pedro Domingues assegura que são várias, embora quem os oiça associe de imediato o seu trabalho às sonoridades mais ligadas ao rock. “Dentro da banda temos o Adam que ouve mais rock e grunge, o Marcio também anda mais nessa onda, começou no punk hardcore, eu sou mais punk-rock, mas ouvimos um pouco de tudo. Mas diria que é o rock, grunge e o punk que são as grandes referências da banda.”

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