Poder do Povo | Associação pede ao Governo que se prepare para guerra nuclear

Iam Weng Hong acredita que Macau precisa de ter um plano com estruturas críticas para proteger a água e evitar que após um bombardeamento surjam roubos e especulação financeira

[dropcap]A[/dropcap] associação Poder do Povo pretende que o Executivo apresente o mais depressa possível um plano de resposta para o caso de haver uma guerra nuclear. O pedido vai ser feito esta manhã, pelas 11h00, com a entrega de uma petição na sede do Chefe do Executivo.

“Acredito que com as condições actuais vai acontecer uma guerra nuclear, que poderá ser suficiente para extinguir a humanidade. Neste contexto, acredito que é muito provável que Macau possa ser alvo de bombardeamento”, afirmou Iam Weng Hong, presidente da associação Poder do Povo. “Se houver bombardeamentos, como pode acontecer, é importante que haja mecanismos de resposta. Temos de ter meios de receber informações se ficarmos sem comunicações. Também é preciso que haja um plano para proteger a água e esta não ficar poluída”, acrescentou.

Numa altura em que os Estados Unidos e a China estão envolvidos numa guerra fria, Iam Weng Hong não quis comentar sobre as partes que potencialmente poderão entrar em conflito. Porém, mostrou-se preocupado com os resultados para a RAEM. “Se nós tivermos um lugar seguro para preservar um grande volume de água, alimentos, bens essenciais, ficamos todos melhor preparados. Se alguns supermercados forem bombardeados, haverá caos junto da população, como subida dos preços, roubo e especulação. É preciso tomar medidas e pensar nestas situações”, sublinhou Iam Weng Hong.

Apesar de Macau não ter um exército, a Lei Básica define que a RAEM é protegida pelo Exército de Libertação Popular, que tem uma guarnição na Taipa.

Preço do porco

Além da questão da ameaça da guerra, a associação Poder do Povo está igualmente preocupada com a escalada do preço da carne de porco. Por isso, vai apresentar uma proposta para que haja uma regulação mais apertada com preços únicos para a venda nas bancas do mercado.

Ao mesmo tempo, a associação liderada por Iam Weng Hong defende ainda a necessidade de acabar com o monopólio da importação da carne de porco. A Poder do Povo acredita que a sociedade fica a ganhar ao nível do preço se qualquer cidadão puder, por si, comprar a carne e trazê-la do Interior da China.

Segundo os dados revelados por André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, desde o ano novo chinês o preço da carne suína teve uma quebra de 30 por cento. No entanto, o IAM teve de pedir aos vendedores em banca que pratiquem preços inferiores a 100 patacas.

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