Primeiro trimestre do ano com taxa de desemprego mais alta desde 2012

[dropcap]A[/dropcap] taxa de desemprego entre Janeiro e Março deste ano fixou-se nos 2,1 por cento, uma subida de 0,4 pontos percentuais face ao período homólogo de 2019, de acordo com dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A taxa de desemprego do primeiro trimestre deste ano foi a maior em quase oito anos, superando o segundo trimestre de 2012 que registou uma taxa de 2 por cento.

A taxa de desemprego nos países da OCDE foi de 5,037 por cento, enquanto na zona Euro foi de 7,37 por cento no primeiro trimestre de 2020.

Entre a população activa de residentes, a percentagem de desempregados foi de 2,9 por cento, uma subida de 0,6 por cento em relação à taxa de desemprego verificada no primeiro trimestre de 2019.

Quanto à taxa de subemprego, fixou-se nos 0,8 por cento entre Janeiro e Março deste ano, o dobro da taxa verificada no período homólogo de 2019.

A população activa totalizou 405.800 pessoas nos primeiros três meses do ano, com uma taxa de actividade de 70,5 por cento. Quanto aos empregados, no primeiro trimestre do ano contavam-se 397.400 pessoas, mais 10.200 do verificado no período homólogo de 2019. A DSEC justifica a subida devido “ao número de trabalhadores não residentes que viviam em Macau ter subido, pelo facto de alguns, que viviam originalmente no exterior, passarem a habitar no território, antes da nova medida de entrada em Macau ser implementada em 20 de Fevereiro de 2020”.

Médias e minis

A população desempregada no período analisado totalizou 8.500 pessoas, mais 2.000 do que no primeiro trimestre de 2019.

No primeiro trimestre de 2020 a mediana do rendimento mensal da população empregada fixou-se em 16.000 patacas, menos 1.000, em termos trimestrais.

A média do rendimento mensal da população empregada nas lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos manteve-se nas 20.000 patacas, enquanto os trabalhadores do sector da construção receberam em média 14.000 patacas, menos 3.000 patacas em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Recorde-se que o conceito económico de pleno emprego, quando todos os cidadãos habilitados a trabalhar conseguem arranjar trabalho, implica taxas de desemprego mais altas que 3 por cento.

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