Heritage Foundation considera Macau 35ª economia mais livre

[dropcap]E[/dropcap]m termos económicos, Macau foi considerado pela Heritage Foundation como uma região “maioritariamente livre”, ocupando a 35ª posição do índice mundial. A classificação do território desceu 0.7 pontos para 70.3, devido a um declínio da liberdade monetária. Olhando para a região da Ásia-Pacífico, encontra-se acima da média, ficando em 9º lugar.

“Vários factores têm impedido um maior crescimento económico e de liberdade económica em Macau, incluindo protecção inadequada dos direitos de propriedade, deficiências em combater a corrupção que prejudicaram a integridade governamental, insuficiências na flexibilidade do mercado de trabalho e a ausência de uma reforma regulatória séria. O Governo vai ter de continuar a endereçar e corrigir estas inadequações se espera estimular o crescimento económico que não é baseado no jogo”, explica o relatório.

A análise do “think tank” americano tem em consideração 12 liberdades económicas: direitos de propriedade, eficiência judicial, integridade governamental, carga tributária, despesas governamentais, saúde fiscal, liberdades de negócio, trabalho, monetária, trocas comerciais, investimento e financeira. A integridade do Governo é o elemento em análise no qual Macau tem pior desempenho, enquanto a saúde fiscal se situa no extremo mais positivo.

Ranking conservador

No topo do ranking passou a estar Singapura, com 89.4 pontos, tendo sido o único país do mundo a ser considerado economicamente livre em todas as áreas em análise, ainda que se aponte que as restrições às liberdades civis constituem uma preocupação. Veio assim substituir Hong Kong na primeira posição. Desde 1995 que a região vizinha era considerada a mais livre, mas desceu agora um lugar. Na base disso esteve a instabilidade política e social registada, que “começou a erodir a sua reputação”.

Note-se que a Heritage Foundation é da ala conservadora, e indica na sua página online procurar ajudar Donald Trump e membros republicanos do Congresso a “drenar o pântano”. A organização encontra-se focada na procura de soluções políticas para, por exemplo, desmantelar o Obamacare, reformar o código tributário e proteger as fronteiras.

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