Ambiente| Activista alerta para perigos das máscaras descartadas nas ruas 

Annie Lao, activista ambiental, deixou ontem um alerta sobre os perigos que representam as várias máscaras que são deixadas nos caixotes do lixo e nas ruas. A jovem defende que o Governo, apesar de estar a fazer um bom trabalho no combate ao coronavírus, deveria assegurar a recolha segura das máscaras depois de usadas

 

[dropcap]U[/dropcap]ma activista ambiental alertou ontem para a ameaça pública que representam as máscaras descartadas nas ruas, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus.

“Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo ter anunciado o décimo caso de infecção no território.

O Governo adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas.

“O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou.
O problema agora é as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a activista. “Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça que pode espalhar germes ou vírus ao público”, criticou.

Ajuda de fora

Os receios de Annie Lao surgem numa altura em que o fornecimento de máscaras ao território está assegurado, apesar de o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, ter adiantado que Portugal já não tem mais stock disponível deste tipo de materiais. “Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse o governante.

O líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.

“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável, que conta dez casos confirmados de infeção pelo coronavírus. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou Ho Iat Seng.

Mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas. Ao todo foram compradas 20 milhões que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.

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