China / ÁsiaCoreia do Norte | Kim Jong-un pede medidas para consolidar segurança Hoje Macau - 31 Dez 2019 A soberania e segurança da Coreia do Norte estiveram entre os tópicos principais das reuniões do comité central do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Kim Jong-un pretende consolidar o país em termos securitários, em plenas negociações sobre a desnuclearização da península coreana [dropcap]O[/dropcap] líder da Coreia do Norte pediu medidas para consolidar “a soberania e a segurança” do país, numa reunião partidária que pode ser decisiva para o diálogo sobre desnuclearização com os Estados Unidos, foi ontem anunciado. Kim Jong-un, que presidiu, no domingo, ao segundo dia de trabalhos do comité central do partido único, “destacou a necessidade de serem adoptadas medidas positivas e ofensivas para consolidar por completo a soberania e a segurança do país, com base nas exigências da situação actual”, indicou a agência de notícias estatal norte-coreana. A KCNA não especificou as medidas exigidas por Kim na segunda sessão da reunião do Partido dos Trabalhadores, dominada por questões económicas. A agência oficial acrescentou que a “reunião continua”, o que sugeriu que o plenário, iniciado no sábado, iria avançar para um terceiro dia. No início do mês, o regime anunciou a reunião para a segunda quinzena de Dezembro, para decidir sobre “assuntos cruciais”. O anúncio gerou grandes expectativas quanto à possibilidade de ser definida, durante a assembleia, uma mudança na estratégia diplomática com os Estados Unidos, num momento em que o diálogo sobre desnuclearização se encontra suspenso. Época festiva A reunião chega também pouco antes do prazo proposto por Pyongyang (até o final do ano) para Washington apresentar uma nova oferta na negociação e dias antes de Kim Jong-un fazer o tradicional discurso de Ano Novo, o qual poderá dar pistas sobre a posição a adoptar pelo regime. Recentemente, a Coreia do Norte sugeriu que os Estados Unidos poderiam receber um “presente de Natal” se não se aproximarem das exigências, com o Pentágono a reforçar a vigilância aérea sobre a península coreana perante a possibilidade de o exército norte-coreano lançar um míssil. O diálogo sobre o desarmamento não progrediu desde a cimeira de Fevereiro em Hanói, na qual Washington considerou insuficiente a oferta de Pyongyang em relação ao desmantelamento dos activos nucleares, o que levou a uma recusa de suspensão das sanções económicas norte-americanas.