Exposição | Arte feminina em destaque nas Casas-Museu da Taipa 

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promove, na zona das Casas-Museu da Taipa, uma mostra de arte exclusivamente feita no feminino. A exposição, intitulada “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea” está patente até ao dia 16 deste mês e revela obras de mulheres naturais de Macau ou que viveram no território, com uma grande aposta na diversidade

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), a Fundação Macau e a Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promovem, até ao dia 16 de Novembro, a “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea”, que revela o trabalho de seis mulheres artistas com ligações ao território.

De acordo com uma nota de imprensa, a ideia é mostrar o trabalho de artistas que viveram ou vivem em Macau, como Yang Sio Maan, Angel Chan, Luna Cheong, MJ Lee, Ana Jacinto Nunes e Tchusca Songo. Estas “criam peças de arte com diferentes perspectivas da mulher”, sendo que “as obras foram criadas de diversas formas e são apresentadas no sentido contemporâneo de liberdade, singularidade e inovação”.

Citada pelo mesmo comunicado, Kathine Cheong, curadora e directora artística da exposição, disse esperar que “o público possa prestar mais atenção às similaridades dos géneros dos seres humanos através do tema da exposição deste ano”.

Neste sentido, a temática da mostra é “WM”, “Woman” (Mulher em inglês), mas também representa Macau, adiantou Kathine Cheong. Para a responsável, o território é “uma terra abençoada que combina as culturas chinesa e ocidental e que também cultiva artistas locais e multiculturais”.

“Esperamos poder expressar o lado único dos sentimentos humanos e contar a história e cultura de Macau através de cada obra artística nesta exposição”, acrescentou.

“WM” significa ainda “WE (WO MEN)” em mandarim. “Dentro dos constrangimentos do sistema social e das influências culturais, a maior parte exalta determinadas características de um género humano em particular, ignorando a existência de uma homogeneidade entre homens e mulheres”, aponta a mesma nota.

Assim, esta exposição explora o termo “WE” (Nós), no sentido de promover oportunidades iguais para pessoas de diferentes géneros. Além disso, o termo “MUN” (“WO MUN”) significa “DOOR” (Porta) representando Macau (cujo nome em cantones é Ou Mun), levando a que as artistas participantes possam fazer um intercâmbio de ideias e partilhar as suas inspirações.

Cor branca

A mostra patente nas Casas-Museu da Taipa é dominada pela cor branca, o que mostra ao público presente “um forte sentido de espaço, o que vai de encontro aos trabalhos das artistas e ao tema da exposição”. O local da mostra conta com design de Sueie Zhe, também natural de Macau.

Até ao dia 16 de Novembro os organizadores irão promover uma série de actividades interactivas com o público, como visitas guiadas e workshops, entre outras. Estas iniciativas visam levar o público “a compreender de forma profunda a filosofia e as ideias dos artistas”.

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau foi criada em 2017 e reúne mulheres de várias idades e de diferentes campos profissionais. Através da promoção de eventos ligados à cultura e arte, este grupo pretende “promover o desenvolvimento das mulheres a nível psicológico e físico”.

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