China / ÁsiaHong Kong | Amnistia Internacional pede investigação ao ataque contra activista Hoje Macau - 18 Out 2019 [dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) pediu às autoridades de Hong Kong que iniciem uma “investigação exaustiva” ao ataque, na quarta-feira, contra um proeminente activista pró-democracia do território. “Ficámos devastados ao tomar conhecimento do ataque a Jimmy Sham, um corajoso defensor dos direitos humanos e uma das forças motrizes dos protestos pró-democracia de Hong Kong”, escreveu o investigador da AI para a Ásia, Joshua Rosenzweig. O coordenador da Frente Cívica dos Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado os maiores protestos na antiga colónia britânica, foi brutalmente espancado na quarta-feira por quatro homens mascarados, segundo a própria organização e a imprensa local. “Jimmy Sham foi deixado a sangrar na rua e foi hospitalizado com ferimentos na cabeça. Mesmo no contexto de crescentes ataques a activistas, este incidente é chocante na sua brutalidade”, apontou Rosenzweig. O activista pró-democracia foi hospitalizado, mas encontra-se estável, de acordo com informações divulgados ontem nos ‘media’ locais. “As autoridades devem conduzir prontamente uma investigação sobre este ataque terrível e levar todos os responsáveis à justiça”, afirmou ainda o investigador. Os protestos em Hong Kong, que se tornaram maciços em Junho contra as emendas propostas à lei de extradição, transformaram-se num movimento que exige reformas democráticas. Durante os quatro meses de manifestações, registou-se uma escalada de violência. Os manifestantes têm acusado a polícia do uso de força excessiva, enquanto as autoridades condenam as tácticas violentas de alguns grupos, que apelidam de radicais.