Família de jovem morta em acidente de viação reclama ajuda do Governo

Uma jovem de 28 anos faleceu depois de ter sido arrastada por um carro na Estrada Lou Lim Ieok, conduzido pela nova companheira do seu ex-namorado. Os familiares não se conformam e exigem ajuda do Governo, além de prisão perpétua para a condutora

 

[dropcap]O[/dropcap]s familiares da mulher com 28 anos de idade morta depois de ter sido arrastada por um carro perto do edifício habitacional Windsor Arch, na Taipa, não se conformam com a morte da jovem, de apelido Fok. Ontem, em conferência de imprensa, pediram o apoio do Governo, incluindo apoio psicológico.

O acidente aconteceu no passado dia 3 de Novembro. Fok foi arrastada por um carro conduzido pela nova companheira do seu ex-namorado, de apelido Sio, com 25 anos de idade. Ao tentar sair do local, Fok acabou por ser arrastada pelo veículo, tendo sido levada para o hospital onde passou 15 dias nos cuidados intensivos, acabando por morrer.

Sio foi detida pela Polícia Judiciária (PJ), sendo suspeita do crime de ofensa grave à integridade física. O irmão mais velho da vítima disse ontem que a família não sabe o que fazer com a situação, tendo afirmado que o caso serve de alerta à sociedade.

O irmão de Fok também criticou a postura do ex-namorado. “Ele não apareceu no hospital nem no funeral. Quando morre um animal as pessoas ficam tristes, mas ele não fez nada”, referiu. O familiar disse que a PJ não deu quaisquer informações à família, que ficou a saber os detalhes do caso pela comunicação social.
“Fomos contactados pelos órgãos judiciais no primeiro dia depois da ocorrência do caso, só nos pediram para prestar declarações e não nos disseram mais nada”, disse.

Prisão eterna

Sio já terá sido libertada pelas autoridades, algo que o irmão não compreende, tendo em conta a gravidade do caso. Por isso a família resolveu pedir ajuda ao Executivo. O pai de Fok mostrou-se visivelmente consternado na conferência de imprensa, tendo exigido uma pena para Sio que nem existe no regime jurídico de Macau: a prisão perpétua. Em Macau o máximo de pena de prisão a que um arguido pode ser condenado é de 30 anos.

“Espero que a homicida fique detida e nos pague uma compensação. Espero que seja condenada a uma pena de prisão perpétua”, adiantou.

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