Portugal e China criam laboratório para o espaço e os oceanos

[dropcap]P[/dropcap]ortugal e China vão criar em 2019 um laboratório tecnológico direccionado para a construção de micro-satélites e observação dos oceanos, um investimento público-privado de 50 milhões de euros a cinco anos, foi hoje divulgado.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse à agência Lusa que o “STARlab”, que estará a funcionar em pleno em Março, terá dois pólos, um em Matosinhos e outro em Peniche.

Trata-se de um investimento global de 50 milhões de euros a cinco anos, repartido em partes iguais entre Portugal e a China, sendo que o financiamento português, de 25 milhões de euros, será público e privado.

O ministro adiantou que o investimento será canalizado sobretudo para o emprego qualificado, designadamente de engenheiros, e para a produção de micro-satélites, setor no qual a China, assinalou, tem crescido.

Manuel Heitor exemplificou que o laboratório irá “desenvolver micro-satélites em interligação com sensores em terra e no mar” que possam medir “as condições atmosféricas e a humidade do solo”, essenciais para a agricultura, e fazer observações oceânicas.

A criação do “STARLab” será formalizada com assinatura de um protocolo entre os dois países durante a visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, prevista para dezembro.

O laboratório resulta de uma colaboração entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a empresa aeroespacial Tekever e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, que tem projetos na área da vigilância marítima e exploração do mar profundo, e a Academia de Ciências Chinesa, através dos institutos de microssatélites e de oceanografia.

De acordo com um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o “STARlab” deverá incentivar a abertura de centros científicos e tecnológicos em Portugal e na China, neste caso em Xangai.

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