Academia Médica com regulamento administrativo na calha

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Conselho Executivo concluiu a discussão sobre o projecto do Regulamento Administrativo “Alteração à organização e funcionamento dos Serviços de Saúde” que define a criação da Academia Médica.

O novo organismo, que vai substituir a Direcção dos Internatos Médicos, tem como missão unificar e uniformizar a formação de especialistas dos serviços públicos e privados de saúde, apontou o porta-voz do CE, Leong Heng Teng na passada sexta-feira. “A actual Direcção dos Internatos Médicos tutelada pelos Serviços de Saúde regulamenta, somente, a formação de internato médico do regime da função pública, enquanto os hospitais privados definem, eles próprios, os regimes de formação”, apontou o representante.

A Academia Médica não é um centro de formação de médicos, acrescentou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde. “Uma faculdade de medicina, forma médicos e a Academia Médica destina-se aos que já concluíram a licenciatura e que se querem tornar especialistas”, explicou.

Vai caber ainda a esta instituição, além da formação profissional médica, a organização, coordenação e supervisão dos internatos médicos.

A acompanhar os médicos em formação vão estar os especialistas que já integram os quadros dos SS, sendo que em caso de necessidade, os serviços pretendem contratar profissionais estrangeiros de modo a garantir a qualidade da formação, acrescentou. Neste aspecto, Lei Chin Ion recordou ainda que a Academia já conta com a colaboração com dois especialistas de Hong Kong. “Os médicos vão continuar a fazer os cursos nos hospitais e os médicos especialistas vão ser os orientadores dos formandos”, disse.

As especializações vão compreender um período de seis anos, dois dos quais de formação básica e quatro de formação avançada.

A Academia que vai funcionar no Centro Hotline, no NAPE, será constituída por dois órgãos: o Conselho de Especialidades e o coordenador, ambos designados por despacho do Chefe do Executivo.

 

Faculdade à vista

Lei Chin Iong reafirmou ainda que vê com bons olhos a criação de uma faculdade de medicina em Macau, na sequência das declarações do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, que referiu que o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) está  “a analisar e estudar”, o requerimento para o estabelecimento da Faculdade de Medicina, apresentado pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).

Entretanto, a MUST pode vir a ter um papel na especialização de médicos, reiterou o director dos SS. “A MUST ainda não tem nenhuma formação para médicos especialistas e vamos atender à situação da MUST e ver quais os ramos de especialidade em que pode contribuir para a formação de médicos especialistas. Eles podem e devem continuar a formar, porque têm capacidade e competências para a formação de médicos especialistas”, acrescentou.

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