Concerto | Livraria Pinto acolhe concerto do músico japonês Aki

Aki, ou Akitsugu Fukushima, é um músico japonês a residir em Macau há quatro anos. No próximo dia 10 de Fevereiro apresenta o seu novo e primeiro EP, intitulado “Monologue”, na Livraria Pinto, no concerto “Tiny Solo Concert”

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] primeira aparição publica do disco “Monologue” aconteceu numa pequena sala do primeiro andar do café Che Che, carregado de sons ambiente que despertaram a atenção do pequeno público. Aki fazia a primeira parte do concerto de uma outra banda local, os “Warmwall”.

Desta vez, o músico japonês Aki vai ter a oportunidade de tocar a solo na Livraria Pinto, onde será o principal protagonista do “Tiny Solo Concert”, a acontecer no próximo dia 10 de Fevereiro. Ao HM, o músico natural da cidade de Fukuoaka, a residir há quatro anos em Macau, conta aquilo que o público pode esperar deste concerto.

“Vou tocar as músicas de uma maneira mais improvisada, colocar um pouco mais de barulho, música ambiente ou mesmo gravar alguns sons durante o concerto e tocá-los. Gostaria também de tocar em conjunto com o público, para que possamos tocar alguns instrumentos em conjunto, no sentido de trazer novos elementos para as minhas canções.”

Aki explicou que “o grande objectivo deste concerto é ter novas ideias para o meu novo álbum, então quero criar ideias inesperadas para comunicar com o público”.

Gravado numa editora de Macau, “Monologue” não é mais do que “uma colecção das composições diárias” de Aki, que, além de ser músico em nome próprio, também realiza composições para outros trabalhos.

“Já tinha demos e algumas coisas feitas na área da dança e do teatro dramático. Isto porque às vezes trabalho como compositor nestas áreas.”

Daí até perceber que poderia reunir o trabalho num EP, foi um passo. “Em 2016 percebi que já tinha muitas demos e que poderia reuni-las num EP. Depois disso tentei trabalhar as canções de uma maneira mais dinâmica e emocional. Finalmente, em Março de 2017, lancei o EP.”

Aki assume que não levou muito tempo a trabalhar neste disco, dada a sua bagagem musical. “Na verdade a parte criativa deste álbum não levou muito tempo, porque as demos já tinham esse lado mais imaginativo e ligado à imagem, simplesmente trabalhei-as um pouco mais.”

As sensações da música

Os sons de Aki variam entre a música electrónica e o recurso a outros instrumentos, como o piano ou a guitarra, e a ideia é transmitir não apenas diferentes sonoridades como diferentes emoções.

“Misturo as sonoridades electrónica com o piano porque adoro ambas e a sua textura. Penso que o som da música electrónica é mais frio e sólido, mas às vezes é demasiado sólido e menos envolvente. Instrumentos normais como o piano e a guitarra, e até as vozes das pessoas, são mais quentes e transmitem uma certa humanidade.”

O objectivo de Aki, enquanto músico, é garantir o equilíbrio em cada canção.

“Muitas vezes quando tocamos apenas um tipo de sonoridade torna-se aborrecido e com menos poder. Desta forma tentei misturar os sons para que haja essa humanidade e algum poder, mas tocados por uma só pessoa. Penso que dessa forma o álbum torna-se mais especial e dinâmico. Transmito uma sensação de calma com o piano e mais energia com o sintetizador.”

Se o concerto no café Che Che teve como foco a música ambiente, deixando o público a desfrutar desse som, desta vez o espectáculo vai ter não só uma maior ligação com a audiência como um novo elemento.

“Vou tocar com o artista visual ‘Sinking Summer’, então espero que o concerto seja mais interessante”, rematou.

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