China / ÁsiaAnterior chefe máximo do Tibete nomeado para Xinjiang Hoje Macau - 31 Ago 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Partido Comunista da China (PCC) anunciou a nomeação de Chen Quanguo como novo responsável máximo da organização na região autónoma de Xinjiang depois deste ter ocupado, até à data, aquele cargo no Tibete. Estas são as duas regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo. O Tibete foi ocupado por tropas chinesas em 1951. A 14 de Março de 2008 várias manifestações degeneraram em violência em Lassa, capital da região autónoma, e em locais onde residem minorias tibetanas, causando 21 mortos, de acordo com Pequim, e mais de 200, segundo o governo tibetano no exílio. Chen Quanguo que é da etnia chinesa maioritária han, assumiu o cargo de secretário-geral do PCC, o mais importante nas regiões autónomas chinesas, no Tibete em 2011. Desde então, “a região permaneceu estável e alcançou um rápido crescimento económico”, referiu o jornal oficial China Daily. A sua chegada a Xinjiang, palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, ocorre num período em que Pequim intensifica a luta contra o “separatismo” nesta região habitada pela minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional. Peritos e grupos de defesa dos Direitos Humanos consideraram que a política repressiva de Pequim relativamente à cultura e religião dos uigures alimenta as tensões étnicas. O Governo chinês acusa o que considera ser grupos separatistas exilados, como o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, de estar por detrás dos ataques terroristas ocorridos no Xinjiang.”Prevenir actividades terroristas tem sido o maior desafio para os altos funcionários no Xinjiang, que tem sido a linha da frente da China no combate ao terrorismo”, apontou o China Daily. Chen substituiu Zhang Chunxian que foi nomeado secretário do PCC no Xinjiang, em 2010, meses após terem acontecido tumultos entre uigures e han de onde resultaram cerca de 200 mortos e 1.700 feridos. O PCC anunciou também a substituição dos secretários gerais das províncias de Hunan e Yunnan no sul do país, por dois aliados do Presidente chinês, Xi Jinping, que trabalhou junto com este na sua época como principal responsável do partido em Xangai, a “capital” económica da China.