China | Visita a santuário azeda relação com Japão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo de Pequim mostrou ontem em comunicado, o seu desagrado face à visita de duas ministras do executivo Japonês, a um templo dedicado aos “Heróis” da guerra, mas que aos olhos da China, dignificam criminosos.
O Santuário Yasukuni, situado em Tóquio espicaçou a relação entre os dois países com a China a referir que este gesto “prova uma vez mais, a atitude errada daquele Executivo face à História”. O santuário “homenageia os principais criminosos de guerra e visa embelezar as guerras de agressão”, refere um comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Lu Kang.
A ministra do interior, Sanae Takaichi, e a dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Tamayo Marukawa participaram na segunda-feira na homenagem de várias formações da política japonesa em Yasukuni, para comemorar o 71.º aniversário do fim da II Guerra Mundial. “O Japão deve encarar abertamente a sua história de agressão e reflectir, lidar com o tema de forma responsável e apropriada, e trabalhar para ganhar a confiança dos seus vizinhos asiáticos e da comunidade internacional, com medidas concretas”, sublinhou Lu Kang, do MNE. As ministras integraram um grupo de 70 deputados de diferentes formações das duas câmaras que compõem a Dieta (o Parlamento japonês), que se deslocou ao santuário para comemorar a rendição do Japão. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enviou uma oferenda, apesar de não ter comparecido em pessoa.
O santuário com 145 anos, presta tributo a cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na Segunda Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos. Entre as figuras homenageadas figuram criminosos de guerra, tal como o general Hideki Tojo, que autorizou o ataque a Pearl Harbor.
 

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