China / Ásia‘Brexit’ | China não pode salvar mundo de abrandamento Hoje Macau - 25 Jul 2016 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]economia mundial não pode depender apenas da China para o salvar de um abrandamento provocado pelo ‘Brexit’, afirmou sexta-feira o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, nas vésperas do país acolher um encontro entre os ministros das Finanças do G20. Representantes dos governos e chefes dos bancos centrais das 20 maiores economias do mundo reuniram-se este fim de semana no sudoeste da China, com o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) como um dos principais assuntos na agenda. Segunda maior economia do mundo, logo a seguir aos Estados Unidos, a China tem sido o motor da recuperação global desde a crise financeira de 2008, graças a um massivo pacote de estímulos lançado por Pequim. Investidores de todo o mundo mostram-se, contudo, apreensivos face ao abrandamento da economia chinesa, enquanto o resultado do referendo no Reino Unido intensificou os riscos e instabilidade. “É impossível carregar o fardo de todo mundo nos nossos ombros”, afirmou Li Keqiang, após um encontro, em Pequim, com responsáveis de seis organizações económicas internacionais, incluindo o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI previu esta semana que a incerteza criada pela saída do Reino Unido da UE irá resultar no abrandamento da economia mundial no próximo ano. Numa actualização das suas previsões, realizada em Abril, o FMI reviu a previsão de crescimento da economia global para este e o próximo ano em menos 0,1 por cento, para 3,1% e 3,5%, respectivamente. “O falhanço em definir claramente a relação futura entre o Reino Unido e a União Europeia irá adicionar incerteza e diminuir a confiança”, afirmou o FMI num relatório enviado, na quinta-feira, aos ministros das Finanças do G20. “E, se não for bem gerida, a transição da China poderá aumentar a volatilidade na trajectória base da economia mundial”, acrescentou. Em 2015, a economia chinesa cresceu 6,9%, o ritmo mais baixo dos últimos 25 anos.