SociedadeSaúde | Centro de Doenças Infecciosas pronto em 2019 Leonor Sá Machado - 15 Jan 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] novo Centro de Doenças Infecciosas, que vai situar-se ao lado do Hospital São Januário, vai mesmo avançar e deverá estar pronto até Junho de 2019. A confirmação surge do subdirector dos Serviços de Saúde (SS) e director do hospital, Kuok Cheong U. “[A localização] do centro não vai afectar os moradores”, assegurou o responsável. De acordo com a explicação, o espaço vai estar dividido por várias “portas duplas” que separam as diferentes enfermarias das zonas comuns. Assim, serão construídas duas portas entre os corredores para criar o efeito de “pressão negativa”. O objectivo é isolar, o melhor possível, o ar respirado entre espaços. Apenas uma porta poderá ser aberta de cada vez, dificultando ainda mais a propagação. O projecto do edifício já foi aprovado por entidades governamentais, avançou Kuok Cheong U, pelo que se prevê que a construção possa iniciar-se em meados deste ano. Em comunicado, o Governo afirma que “necessita urgentemente” de construir um Edifício de Doenças Transmissíveis instalando enfermarias de isolamento habilitadas a receber eventuais surtos de grande escala e onde seja possível reagir rapidamente. “Embora o Centro Hospitalar Conde de São Januário disponha de enfermarias de isolamento, a construção de um edifício de doenças transmissíveis irá proporcionar instalações e equipamentos, ainda mais seguros, o que se tornará um ponto chave no sucesso da luta contra a SARS, caso esta ocorra em Macau”, acrescenta o Executivo. O projecto terá obrigatoriamente de ter uma ligação directa ao hospital, já que “a maioria dos casos de infecção por doenças transmissíveis será originária das instalações do hospital”, existindo “a necessidade de isolamento imediato dos casos suspeitos”. Sem problemas Em resposta aos receios da população – já existe uma petição com mais de 700 nomes a circular contra a construção do prédio – o Executivo confirma que “a renovação do ar das enfermarias de isolamento, após filtragem e desinfecção rigorosas, não afecta os moradores e o meio ambiente envolventes”. A petição engloba 700 nomes e está a ser levada a cabo por moradores do edifício Ka On Court, que temem casos de contaminação não só dos residentes da zona como das crianças do jardim de infância. O Executivo garante que está tudo sob controlo. “As funções do edifício de doenças transmissíveis passam pelo isolamento rigoroso e tratamento de pacientes infectados por doenças transmissíveis, de modo a prevenir a transmissão para outras pessoas. O contrário desta situação, ou seja a não existência de um edifício de doenças transmissíveis, não irá permitir o melhor isolamento dos pacientes, podendo, assim, facilitar a eclosão de surtos por toda a cidade e arriscar a vida de toda a população da RAEM”, apontam os SS. Com Andreia Sofia Silva