EventosInstituto Internacional relembra padre Benjamim Videira Pires Andreia Sofia Silva - 6 Jan 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]centenário do nascimento do padre Benjamim Videira Pires vai ser lembrado esta sexta-feira com uma palestra no Instituto Internacional de Macau (IIM). Ao HM, a oradora convidada – a historiadora Beatriz Basto da Silva – considera que a obra de Benjamim Videira Pires deveria ser reeditada e traduzida. Para a autora da Cronologia de Macau, não bastam “palestras sobre as quais ninguém fala no dia seguinte” para lembrar a vida e obra do pároco português. “Deveriam pegar nas obras delas e tratar delas. Ele escreveu imensos livros mas também artigos, e esses estão espalhados, e deveriam estar juntos. A obra dele deveria ser compilada e traduzida”, apontou. Beatriz Basto da Silva, que conheceu pessoalmente Benjamim Videira Pires, recorda “uma pessoa muito prestável”. “Cada vez que precisei dele foi sempre muito prestável às minhas solicitações. Foi-me de grande valia a sua ajuda em termos de sabedoria sobre Macau e a história dos portugueses no Oriente”, disse a historiadora. Missionário, pedagogo e escritor, Benjamim Videira Pires fez parte de um vasto grupo de pessoas, não só da Igreja como de leigos, “que se esforçaram por manter o perfil português de missionários”, relembra a responsável. “E fez isso muito bem. A vida dele foi de doação e de estudo para cumprir a sua missão e aquilo que o trouxe a Oriente: uma missão religiosa mas ao mesmo tempo cultural. Era uma pessoa que, sendo calada, falava quando era preciso. E falava bem”. Na palestra, Beatriz Basto da Silva promete deixar de lado aspectos biográficos. “Isso está escrito. Vou falar da apreciação histórica e da minha impressão pessoal dele. O que me interessa na vida do padre Videira Pires é a sua personalidade e a sua rectidão humana, a sua maneira de ser como homem de igreja e historiador”, rematou. O evento tem entrada livre e está marcado para as 18h00.