Fundação Oriente | Hugo Pinto vence Prémio Reportagem com peça sobre o Jogo

É Hugo Pinto quem assina o trabalho escolhido pela Fundação Oriente para a atribuição do prémio reportagem de 2014. “As Novas Regras do Jogo” foi emitida no início do presente ano, na Rádio Macau, e reuniu, por unanimidade, o voto a favor da mesa de júri para o melhor trabalho do ano. Filipa Queiroz e Inês Santinhos Gonçalves ganharam menções honrosas

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão é novato nestas andanças e volta a provar isso. Hugo Pinto, jornalista da Rádio Macau, angariou pela segunda vez o Prémio Reportagem atribuído anualmente pela Fundação Oriente. “É sempre uma grande satisfação ver o esforços, o trabalho reconhecido. Enche-me de satisfação. Fico muito feliz”, reagiu o jornalista ao HM.
A reportagem “As Novas Regras do Jogo”, emitida na Rádio Macau no dia 25 de Janeiro de 2015, foi o trabalho – dos 17 em avaliação – escolhido pelo júri, composto pela Coordenadora da Delegação da Fundação Oriente em Macau, Ana Paula Cleto, e por mais quatro elementos: Maria José dos Reis Grosso e Yao Jing Ming, professores associados da Universidade de Macau, Margarida Pinto, delegada da Agência Lusa em Macau, e Harald Bruning, director do jornal “The Macau Post Daily”.
O júri indicou que a reportagem aborda “um tema sensível, da maior actualidade e de grande impacto socio-económico”, afectando toda a sociedade de Macau.
“A reportagem foi considerada um trabalho jornalístico de qualidade excepcional, preenchendo todos os requisitos jornalísticos para a categoria em causa: um tema da maior actualidade, uma ideia bem planeada, um texto muito bem construído com base numa diversificação equilibrada de fontes consultadas e, ainda, uma cuidada montagem da peça”, argumentou a Fundação Oriente.

Perguntas no ar

O trabalho teve como intenção “desconstruir a narrativa em torno do Jogo, desde o momento que a indústria do Jogo começou a atravessar no ano passado, quando, no final desse ano, se confirmou a queda [das receitas]”.
Com o novo rumo que Macau precisava de ter e a necessidade da aposta na diversificação da economia, o jornalista questionou-se: “afinal que filme é este?”
“Tentei perceber o que se estava a passar (…) Passaríamos de um filme com gangsters, salas de Jogo com apostas ilimitadas, com muito fumo e prostituição à mistura nos casino e hotéis, para um centro de turismo e lazer (…)”, recorda Hugo Pinto, admitindo que foi à procura de respostas. “Tentei pegar nessa história e desconstruí-la e questionando se é possível de um dia para o outro mudar assim a identidade de Macau”, rematou, frisando a importância de cada um de nós se questionar sobre esta nova necessidade moralizar o território.

Honra nas menções

A Fundação Oriente atribuiu ainda duas menções honrosas à jornalista Filipa Queiroz, com o texto “The Nine Lives of Lilau”/ “As Sete Vidas do Lilau”, publicado na Revista Macau em língua inglesa em Maio de 2013, e à jornalista Inês Santinhos Gonçalves com a reportagem “Língua da mãe-pátria tem cada vez mais a voz em Macau”, publicada pela Agência Lusa, a 20 de Fevereiro de 2014.

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