China / ÁsiaSíria | Pequim insiste em procura de uma solução política Hoje Macau - 3 Nov 2015 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] China insistiu domingo na sua posição de que “uma solução política” é a única saída para o conflito na Síria que dura há quatro anos e que já causou mais de 250 mil mortos. “A China sempre esteve comprometida com uma solução política para a questão síria”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Hua Chunying, em comunicado. O Governo de Pequim “continua disposto para continuar a trabalhar com a comunidade internacional em busca de consenso”, e mais ainda depois da reunião que decorreu na capital austríaca a qual na perspectiva da China teve resultados positivos, refere a nota. No encontro em Viena estiveram presentes os actores internacionais envolvidos no conflito, como os principais aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad, Rússia e Irão, e os seus principais adversários, Estados Unidos, Arábia Saudita e Turquia. Cerca de vinte países fizeram representar-se na reunião, assim como a União Europeia e a ONU, com o desafio de formular um plano aceitável tanto para o Governo sírio como para as milícias opositoras apoiadas pelos Estados Unidos e seus aliados árabes. Os grandes ausentes na reunião são as próprias partes que se enfrentam na guerra Síria, tanto Al-Assad como as diferentes facções opositoras. Nova fase Ao fim de oito horas de intensos debates, em que a China também participou, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou aos jornalistas o “começo de um novo processo diplomático”. O chefe da diplomacia norte-americana disse que Washington continua a acreditar que a saída do poder de Assad irá facilitar o caminho para um acordo que determine o fim da guerra civil na Síria, bem como irá ajudar na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI). As 19 delegações estrangeiras presentes em Viena acordaram voltar a reunir-se daqui a duas semanas para uma nova ronda de conversações. O conflito na Síria teve início em Março de 2011 e já deixou mais de 250 mil mortos e 13 milhões de refugiados, numa onda de deslocados sem precedentes desde a II Guerra Mundial, segundo dados da ONU.