SociedadeAssociação do Kiang Wu | Reconstrução de prédio vale 200 milhões Flora Fong - 29 Set 201529 Set 2015 A Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu vai poder construi um prédio no Patane de habitação e comércio que vai gerar lucros de 200 milhões de patacas à organização, liderada pelo deputado Fong Chi Keong. Os moradores actuais queixam-se de um caso que nem foi discutido no seio do CPU [dropcap style=’circle’]U[/dropcapm despacho do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, determinou que um terreno na Rua da Ribeira do Patane poderá receber um edifício com 18 pisos destinados à habitação, comércio e estacionamento, mediante um pagamento de cerca de 41 milhões de patacas. O concessionário do terreno é a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, que vai conseguir ganhar 200 milhões com o novo prédio. Neste momento o terreno detém um prédio baixo e velho, onde se encontram um café antigo e três lojas de materiais de construção e uma galeria de arte. O problema é que os inquilinos queixam-se do facto do novo prédio não ser feito em nome da beneficência e nem ter sido discutido no seio do Conselho do Planeamento Urbanístico. À MASTV, a senhora Leong, dona do café antigo com o nome Leong Cho Kei, afirmou que já recebeu avisos do proprietário da loja para a saída do espaço no final do próximo ano. A senhora referiu que o café tem 60 anos de uma história que começou com os seus progenitores, mas que com o fim do negócio não pode fazer nada. Noutra loja, o dono da galeria de arte, de apelido Chao, queixou-se também das obras serem irracionais. “Se a associação retirasse o terreno para objectivo de beneficência, seria aceitável. Mas a reconstrução é para um prédio de luxo, não é aceitável”, afirmou. De acordo com a Lei de Planeamento Urbanístico, todas as revisões de concessão de terreno público devem ser discutidas pelo Conselho de Planeamento Urbanístico (CPU). No entanto, segundo o despacho, a Associação submeteu o projecto em Setembro do ano passado à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e este foi aprovado sem a discussão no CPU. A DSSOPT respondeu ao mesmo canal de televisão que, como o projecto já obteve em 2013 uma planta de condições urbanísticos com período de um ano, não seria necessária a discussão novamente pelo Conselho. Tudo dentro da lei O presidente da Associação, Fong Chi Keong, frisou ao Jornal do Cidadão que todo o plano da reconstrução do prédio está de acordo com as leis, defendendo que o projecto é racional. “O prédio já tem 70 a 80 anos, está em risco, deve ser desenvolvido novamente”, afirmou o também deputado nomeado, frisando que já avisou os inquilinos com seis meses de antecedência e defendendo que estes que devem fazer tudo de acordo com os contratos. Fong Chi Keong frisou que não vai ser construído um edifício de luxo, mas sim fracções de T1 e T2. O deputado prevê um lucro líquido de 200 milhões de patacas com o novo edifício.