USJ | Stilwell disponível para ficar e à espera de 60 alunos do continente

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Universidade de São José (USJ) espera ter quota para 60 novos alunos da China continental no próximo ano. O reitor da entidade falava à margem de uma visita ao novo campus da instituição, na Ilha Verde. Só as instituições de ensino superior públicas podem receber alunos da China continental. Mas o Governo já apresentou uma proposta, em Pequim, para mudar as regras e Alexis Tam mostra-se confiante no processo.
“Temos a consciência que os alunos que vêm da China continental precisam de um tratamento especial. Falam Mandarim, precisam da integração social, precisam de ser acompanhados aqui nas suas residências, portanto não quisemos ter uma espécie de tsunami de estudantes a quem depois não pudéssemos dar o apoio de qualidade que gostaríamos de dar”, disse Peter Stilwell, reitor da USJ, em declarações à Rádio Macau.
O reitor falava aos jornalistas durante a visita às futuras novas instalações da instituição de ensino, na Ilha Verde, que, apesar de atrasadas, se prevêem que respeitem o valor orçamentado inicialmente.

Português e creches na mira

Sobre o apoio do Governo dado a esta universidade, o Secretário indica que isto acontece devido ao plano da Administração de aposta na Língua Portuguesa. “Queria tornar Macau num centro de formação da Língua Portuguesa na Ásia Pacífico, nesta região. A Universidade de Macau não chega, por isso esta universidade também vai ser nossa parceira”, explicou Alexis Tam.
O Secretário explicou ainda que parte das antigas instalações da USJ irão servir para uma nova creche que irá aumentar o número de vagas para o próximo ano lectivo. Ainda assim, esta hipótese ainda está a ser estudada e discutida pelo Instituto de Acção Social e pela USJ.

Reitor disponível

O actual reitor mostrou-se disponível para assumir um segundo mandato. “Acho que seria pouco elegante construir isto, até esta fase e, depois, bater a porta e ir-me embora”, disse Peter Stilwell, à Rádio Macau, frisando que não depende da sua vontade. “Não me compete dizer se continuo ou não. Quem convida são os meus superiores: a Fundação Católica e o chanceler que, neste momento, ainda é o patriarca de Lisboa”, explicou Stilwell.
Apesar do atraso, está prevista a conclusão da obra no final do ano.

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