PolíticaErro Médico | Director dos SS crê que lei vai trazer “protecção mais justa” Joana Freitas - 11 Set 201511 Set 2015 [dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ei Chin Ion acredita que a protecção dos direitos dos cidadãos e profissionais de saúde poderá ser ainda melhor com a nova Lei do Erro Médico. Isso mesmo expressou o director dos Serviços de Saúde (SS) numa resposta a uma interpelação escrita da deputada Wong Kit Cheng. A Lei do Erro Médico tem sido amplamente contrariada pelos médicos e profissionais da área da Saúde, que dizem que esta é uma lei desnecessária, sendo que já houve diversas declarações públicas sobre o assunto. Contudo, o Governo não quer recuar na legislação, até porque esta já foi aprovada na generalidade. Mas os deputados continuam a questionar o Executivo, que assegura no documento agora publicado que esta lei vem trazer melhorias ao sistema de Macau. “Actualmente, estamos a elaborar o Regime Jurídico de Tratamento de Litígios Decorrentes do Erro Médico, cuja proposta de lei propõe o aperfeiçoamento do sistema de avaliação do erro médico e a aplicação da medida de conciliação em primeiro lugar e, a seguir, a arbitragem, o que pode diminuir os litígios decorrentes do erro médico de modo mais equitativo, justo e eficaz”, começa por indicar Lei Chin Ion. O director relembra ainda que o Governo está ainda a criar o Regime Legal da Qualificação e Inscrição para o Exercício de Actividade dos Profissionais de Saúde, que diz que vai regulamentar “ainda mais” o Código Deontológico e o regime disciplinar dos profissionais da área. Os dois diplomas, diz o director dos SS, são uma aposta necessária. Mais protecção “Os regimes mencionados destinam-se a uma boa preparação para tratar de eventuais situações resultantes da prática de actividades médicas. Na sequência da aprovação e implementação dos respectivos diplomas acreditamos que se pode proteger ainda mais os direitos e interesses justos dos cidadãos, profissionais de saúde e instituições médicas”, termina o responsável. A Lei do Erro Médico foi aprovada em 2013 na generalidade, tendo estado em discussão na especialidade – pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa – até Julho, altura em que foi entregue ao Governo para ser corrigida.