China / ÁsiaCimeira virtual entre Joe Biden e líderes do Japão, da Índia e da Austrália Hoje Macau - 3 Mar 2022 O Presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros japonês, indiano e australiano vão hoje reunir-se, numa cimeira virtual, para “trocar pontos de vista” sobre “os importantes desenvolvimentos na região indo-pacífico”. No anúncio, o Governo indiano não esclareceu o objetivo desta cimeira entre os países que integram a aliança “Quad”, organizada uma semana depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. A nota indicou apenas que o presidente dos EUA, Joe Biden, e dos primeiros-ministros do Japão, Fumio Kishida, da Índia, Narendra Modi, e da Austrália, Scott Morrison, “vão trocar pontos de vista” sobre “os importantes desenvolvimentos na região indo-Pacífico” e “rever os esforços em curso para implementar as iniciativas dos líderes anunciadas no âmbito da agenda ‘Quad’”. O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano surgiu um dia depois de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, se ter encontrado com o Presidente russo, Vladimir Putin, pela segunda vez desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada. Os EUA apelaram a Nova Deli para que usasse “a sua influência” com Moscovo. O ‘diálogo quadrilateral de segurança’ (Quad), é uma aliança estratégica informal entre os EUA, Austrália, Japão e Índia, iniciada em 2007, foi relançada em 2017 para combater a influência chinesa. A Índia e muitos países da região receiam que a crise da Ucrânia leve Washington a perder o interesse na região Ásia-Pacífico. A cimeira poderá também ser uma oportunidade para outros líderes pressionarem o primeiro-ministro indiano a tomar uma posição mais clara sobre a invasão russa da Ucrânia. Nova Deli e Moscovo foram próximas durante a Guerra Fria, uma relação que continua até hoje, e a Rússia continua a ser o maior fornecedor de armas da Índia. Nova Deli exortou a Rússia e a Ucrânia a cessarem as hostilidades, mas não condenou a invasão. Na quarta-feira, voltou a abster-se na votação de uma resolução da ONU, exigindo “que a Rússia cesse imediatamente o uso da força contra a Ucrânia”.