Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Macau sem planos para reduzir quarentenas e administrar quarta dose Apesar de as quarentenas para quem chega de zonas de extremo risco terem sido encurtadas de 28 para 21 dias, o Governo não prevê encurtar a breve trecho o período de 21 dias de observação médica para quem chega de regiões de médio e alto risco. Quarta dose da vacina contra a covid-19 não está a ser equacionada para já Os Serviços de Saúde de Macau reiteraram na passada sexta-feira que, de momento, não existem planos para encurtar o período de 21 dias de quarentena para quem chega das chamadas regiões de médio e alto risco, como é o caso dos países europeus. Isto, numa altura em que Hong Kong anunciou a redução das quarentenas de 21 para 14 dias e que em Macau, o período de observação médica para quem chega de zonas de extremo risco já foi encurtado de 28 para 21 dias. “As pessoas que vêm de regiões de extremo risco passam agora a fazer uma observação médica de 21 dias em vez de 28. Com excepção de regiões como Hong Kong, Taiwan e algumas regiões do Interior da China que são consideradas de médio ou alto risco, todas as outras regiões e países da Europa também são de alto risco e [quem chega destes locais] tem de cumprir a observação médica [de 21 dias]”, disse Tai Wa Hou, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, segundo a TDM – Canal Macau. Durante a habitual conferência de imprensa da passada sexta-feira, o responsável apontou ainda que o actual estado da pandemia a nível global é ainda “muito grave”, com mais de 380 milhões de infectados e que é urgente prosseguir eficazmente com o plano de vacinação em Macau, nomeadamente a inoculação da terceira dose de reforço e a promoção da vacinação entre as camadas mais jovens e mais velhas da população, dado que têm actualmente as mais baixas taxas de vacinação do território. Mais concretamente, detalhou Tai Wa Hou, até às 16h00 de sexta-feira, a taxa de vacinação de toda a população de Macau era de 74,5 por cento, ou seja, três em cada quatro pessoas encontram-se inoculadas. Por faixas etárias, estão vacinadas 76,4 por cento das pessoas com mais de 3 anos, 5,0 por cento das pessoas com idades entre os 3 e 11 anos, 69,4 por cento das pessoas com idades entre os 12 e 19 anos, 90 por cento das pessoas com idades entre os 20 e 60 anos, 63,4 por cento das pessoas com idades entre os 60 e 69 anos, 44,3 por cento das pessoas com idades entre os 70 e 79 anos, e 17 por cento das pessoas comais de 80 anos. Uma dose de cada vez Questionado sobre a possibilidade de integrar uma quarta dose de reforço no plano de vacinação contra a covid-19, à semelhança do que já acontece em países como Israel e Dinamarca, Tai Wa Hou, não descartou a hipótese no futuro, mas vincou que a prioridade imediata passa por promover a inoculação da terceira dose entre a população. “Acredito que mais tarde, volvidos seis meses ou um ano após a inoculação da terceira dose, a quarta dose será muito mais necessária. Na altura (…) iremos ponderar essa questão, mas neste ponto a quarta dose ainda não é uma necessidade”, apontou. O responsável considera ainda que os surtos de covid-19 actualmente activos em Cantão não deverão cessar num futuro próximo, pelo que o prazo de validade de 48 horas dos testes de ácido nucleico para cruzar as fronteiras deverá ficar, para já, inalterado.