Cibernética | Relatórios chineses revelam detalhes de ataques dos EUA

A China divulgou ontem relatórios de investigação com detalhes de ataques cibernéticos a uma universidade chinesa, lançados pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA).

De acordo com o Centro Nacional de Resposta Emergencial contra Vírus de Computador da China (CVERC), 41 tipos de armas cibernéticas foram usadas pelo Escritório de Operações de Acesso Adaptadas(TAO), afiliado à NSA, nos ataques recentemente expostos contra a Universidade Politécnica do Noroeste da China, informa a Xinhua.

Entre elas, a arma cibernética “Suctionchar” para espionagem e roubo é uma das principais ferramentas usadas para o desvio de uma grande quantidade de dados confidenciais, disse o CVERC.

Sendo altamente furtiva e adaptável ao ambiente, a “Suctionchar” pode roubar contas e senhas de uma variedade de serviços de gestão remota e transferência de arquivos em servidores-alvo, de acordo com o relatório divulgado pelo CVERC em colaboração com a empresa de cibersegurança Beijing Qi’an Pangu Laboratory Technology Co., Ltd.

A análise técnica mostra que a “Suctionchar” pode efectivamente trabalhar com outras armas cibernéticas implantadas pela NSA, de acordo com especialistas em segurança citados pelo CVERC.

Nos ataques cibernéticos do TAO contra a universidade chinesa, foi descoberto que a “Suctionchar” funcionou em conjunto com outros componentes do programa de troia Bvp47, uma arma de alto nível do Equation Group de Hackers da NSA.

14 Set 2022

Hacker russo defrauda espiões americanos

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m hacker russo que, alegadamente, oferecia informação sensível e armas cibernéticas produzidas pelos EUA a troco de um milhão de dólares, terá enganado espiões da National Security Agency (NSA, Agência de Segurança Nacional), de acordo com o The New York Times. Após meses de negociações o hacker russo recebeu em Setembro de 2017 cem mil dólares, a primeira parcela da quantia que pedira, mas as informações que prometera sobre “hacking” e armas cibernéticas eram na verdade dados não verificados e, alegadamente comprometedores, sobre Donald Trump.

Segundo o jornal norte-americano, os agentes não procuravam dados sobre o 45.º presidente dos EUA, mas pretendiam recuperar informação sensível cibernética e ferramentas de hacking que não poderiam ser adquiridas por agências de informação russas, ou redes criminosas do leste da Europa.

O hacker russo, cuja identidade não foi revelada, defraudou espiões dos EUA em cem mil dólares. O material não verificado sobre Trump incluía registos bancários, e-mails, e dados de inteligência russa, segundo o noticiado pelo “The New York Times”. O acordo com o hacker acabou cancelado, após a entrega dos cem mil dólares, porque a NSA receou ser enredada dentro de uma possível operação russa para criar discórdia nos EUA.

A NSA, que produziu a maioria das ferramentas de hacking que os agentes tentaram recuperar, garantiu que “todos os funcionários da NSA têm a obrigação de proteger informações classificadas”.

12 Fev 2018